Grupo de 20 torcedores interrompe atividade, solta fogos, grita palavras de ordem e é recebido por dirigentes; cobrança é pacifica e civilizada, comenta Chico Lins
Um grupo de aproximadamente 20 torcedores invadiu o treinamento do Avaí na tarde desta terça-feira, na Ressacada. Exclamando palavras de ordens, questionando jogadores e também a diretoria, os membros da torcida tiveram acesso ao gramado e ficaram frente a frente com o atletas e técnico interino Raul Cabral.
Grupo de torcedores conversa com os jogadores e dirigentes do Avaí
(Foto: Maurício Veloso / RBS TV)
Os
torcedores chegaram ao estádio soltando fogos e exigindo postura do time. Em
seguida, tomaram o portão de acesso ao gramado e foram encaminhados para conversar com os
jogadores. O diretor de esportes do Leão, Carlito Arini, e o coordenador de
futebol, Chico Lins, estiveram presentes juntamente com membros da comissão
técnica, entre eles o treinador interino Raul Cabral
Entre as
cobranças, estava o pedido de vitória na próxima partida, contra o Marcílio Dias, o fim das "baladas" e
uma “diretoria mais avaiana”. Alguns torcedores, mais exaltados, cobraram:
- A baladinha acabou, chega. Se eu montasse um time lá de casa eu ganhava de vocês no sábado.
- A baladinha acabou, chega. Se eu montasse um time lá de casa eu ganhava de vocês no sábado.
Após a conversa, os torcedores se dirigem à saída
(Foto: Marcelo Siqueira / RBS TV)
Para
o repórter Fabiano Linhares, da CBN/Diário, o coordenador de esportes
comentou a conversa com os torcedores no estádio, citou um início mais
hostil por conta da fase ruim encontrada pelo Leão - não classificou
para o hexagonal, escalou um jogador sem contrato e levou a virada para o
Guarani de Palhoça na última rodada, após abrir dois gols, por 5 a 3.
Chico Lins, porém, comentou que as exigências foram sempre de forma
civilizada.
- A
gente sabia que existia movimentação, tentamos falar com liderança, não
conseguimos, então eles vieram. A princípio foi uma cobrança mais forte,
naturalmente a gente entende o descontentamento com o atual momento do clube. Respeitamos a opinião do
torcedor, depois foi até positiva. Estão até a morte
com o clube, sofrem com o time, e vamos tentar melhorar nosso trabalho.
Argumentamos que também estamos sofrendo e também estamos descontentes - comentou o dirigente.
Ao
GloboEsporte.com, diretor de futebol Carlito Arini corroborou com a
versão de seu companheiro do departamento de futebol. Segundo ele, a
conversa em tom de cobrança, mas sem depressão ou agressão.
- Os torcedores foram cobrar, o pessoal ouviu, foram atrás e ponto. Não teve agressão, pelos resultados, pela campanha, é normal. Não quebraram nada, cobraram postura – disse, por telefone, o dirigente do Avaí.
- Os torcedores foram cobrar, o pessoal ouviu, foram atrás e ponto. Não teve agressão, pelos resultados, pela campanha, é normal. Não quebraram nada, cobraram postura – disse, por telefone, o dirigente do Avaí.
Torcedores deixam o estádio após a conversa
(Foto: Marcelo Siqueira / RBS TV)
- Isso demonstra amadurecimento. Antigamente invadiam, depredavam o patrimônio,
mas em nenhum momento houve isso. No começo foi um pouco mais exaltado, mas
terminou bem. Mostramos que vamos sair desse buraco e junto com eles. Eles têm uma frase: “Jamais estarás só”, que é muito
importante. Vamos aproveitar para ficar
mais unidos e sair desta fase - concluiu Chico Lins.
O Avaí
luta contra o rebaixamento no Catarinense 2014 e, no último sábado, foi derrotado
por 5 a 3 para o Guarani de Palhoça. Em seguida, o técnico Geninho deixou o
cargo. O Leão soma três pontos na tabela, em duas partidas disputadas no
quadrangular que definirá as duas equipes que sofrem o descenso à Série B regional. *com informações da RBS TV, CBN/Diário e GloboEsporte.com
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