sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Presidente e vice de futebol do Flu são Punidos Ee Suspensos Pelo STJD

 O Fluminense já foi eliminado da Copa do Brasil, mas a competição ainda traz transtorno ao clube. O presidente Peter Siemsen e o vice de futebol Mário Bittencour foram julgados nesta sexta-feira pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que considerou a dupla ofendeu o árbitro Leandro Vuaden. Com a decisão, ambos foram multados em R$ 10 mil cada e estão suspensos por 60 dias.
Vuaden compareceu ao julgamento e prestou depoimento. O árbitro confirmou as palavras narradas na súmula e afirmou que se sentiu ofendido pelos integrantes do clube carioca. Ainda segundo ele, os dirigentes precisaram ser contidos pelo policiamento.
O Fluminense reclamou bastante do pênalti marcado por Vuaden em lance entre Gum e Zé Roberto. Nesta sexta-feira, o árbitro comentou o lance e manteve a opinião. "Já cometi vários equívocos e não tenho problema algum em assumir isso. Eu, analisando com toda a sinceridade, vi o lance e continuo com minha posição de penalidade máxima da minha visão, do ângulo que estava no momento da marcação", explicou o árbitro.
Peter Siemsen e Mário Bittencourt não compareceram ao julgamento, deixando a defesa nas mãos do advogado Marcelo Mendes, que tentou convencer a comissão de que Vuaden errou ao marcar o pênalti. A tática não deu certo e os dirigentes do Fluminense acabaram punidos. Já o auxiliar técnico Pedro Gama foi suspenso por uma partida por ter desrespeitado o árbitro.

Confira os Resultados dos Julgamentos dessa Quinta-Feira no STJD

Camisa 1 do São Paulo corria risco de ser suspenso por até seis partidas após dizer que pênalti para a equipe carioca "tinha sido marcado antes de começar o jogo"


Rogério Ceni foi absolvido na tarde desta quinta-feira por conta das críticas ao árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva no empate, por 2 a 2, entre São Paulo e Vasco, no Morumbi, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o goleiro disse que o pênalti marcado para a equipe carioca "tinha sido marcado antes de começar o jogo". A Quinta Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva entendeu que o jogador não teve a intenção de ofender.
São Paulo x Vasco Thiago Mendes Rogério Ceni Matheus Reis Dewson Fernando Freitas da Silva (Foto: Miguel Schincariol)Rogério Ceni contesta a marcação do árbitro Dewson
Fernando Freitas da Silva (Foto: Miguel Schincariol)
O goleiro foi enquadrado no artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (ofender a arbitragem), cuja pena varia de quatro a seis partidas de suspensão, além de multa entre R$ 100 e R$ 100 mil. Relator, auditor e presidente da Comissão foram unânimes ao apontar que a conduta de Ceni foi "crítica" nos padrões razoáveis, desqualificando a conduta ofensiva. Se sofresse gancho máximo, o jogador de 42 anos, que encerra a carreira em dezembro, teria que antecipar a aposentadoria, pois restam seis rodadas.

LEIA MAIS: Ceni sente o tornozelo direito, deixa o jogo e vira preocupação no São Paulo
O pênalti em questão foi marcado pelo árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva após a bola bater no cotovelo de Matheus Reis (que recebeu o segundo cartão amarelo pelo lance e foi expulso), aos 43 minutos do primeiro tempo. Nenê bateu e converteu a cobrança. O lateral-esquerdo também foi denunciado, com base no artigo 258 (conduta contrária à disciplina), mas assim como Rogério Ceni também foi absolvido por unanimidade na mesma sessão.

Depois de Delfim, presidente do Vasco também escapa de punição e manifesta revolta com denúncia de procurador. Mandatário questiona critérios de escalas

O presidente do Vasco, Eurico Miranda, foi advertido por unanimidade em julgamento da 5ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva nesta tarde. Com papelada na mão, citações de súmulas com a presença de Delfim Peixoto no vestiário e do filho do presidente da Federação Catarinense de Futebol como delegado de jogos em Santa Catarina, Eurico dividiu a própria defesa com o advogado do Vasco Paulo Máximo. Além de escapar da punição, o presidente vascaíno lembrou que pediu apuração de denúncias à CBF e não foi atendido. No fim, os votos dos auditores contaram também com a sugestão de que o órgão entre com pedido de investigação de sorteios para jogos do Campeonato Brasileiro contra eventual "omissão" da CBF.
Eurico rebateu o texto de denúncia do procurador Thiago Horta Barbosa, que não estava no tribunal. Ele leu a denúncia e critou os temos "mau exemplo" e "mau perdedor" do texto apresentado à comissão do STJD. O presidente vascaíno lembrou que o exemplo que ele dá se reflete no Colégio Vasco da Gama, com 300 crianças e toda assistência. No fim da sessão, Eurico reforçou o pedido para apuração das denúncias.
- Mais do que o sorteio, precisamos investigar o pré-sorteio, os critérios. O sorteio eles fazem lá, daquele jeito deles, transmitem, essas coisas. Mas como eles escolhem os nomes que participam? São sempre os mesmos. Não dá para entender. Fiz apenas uma denúncia. Agora vou acompanhar de longe. Espero que investiguem - disse Eurico, na saída do tribunal.
Eurico Miranda STJD (Foto: Raphael Zarko / GloboEsporte.com)Eurico Miranda em sua defesa no STJD (Foto: Raphael Zarko / GloboEsporte.com)

No início da sessão, foi exibido o áudio da entrevista coletiva de Eurico, após o empate por 1 a 1 do Vasco com a Chapecoense, e depois lances polêmicos nos últimos jogos do clube - contra Avaí e Chapecoense. O presidente do Vasco, sentado durante as apresentações, comentava os erros em voz alta - "pode mostrar 30 vezes esse lance que não vão ver a bola bater na mão", disse em referência ao pênalti de Rodrigo no jogo contra a Chapecoense - até se levantar para fazer sua defesa. Lembrou logo que o STJD da sua época era na rua da Alfândega e que a maioria dos auditores não devia ser nascido ou estava na puberdade.
Eurico citou a repetição do sorteio do árbitro Ricardo Marques Ribeiro, que participou de 11 sorteios nas últimas seis rodadas em jogos de times catarinenses e lembrou a "coincidência" do mesmo juiz apitar Chapecoense x Vasco nos dois turnos:
- Qual a necessidade que tinha de se escalar o mesmo árbitro? Que coincidência é essa? É provocação? Isso demonstra, pelo menos, a incompetência. Os fatos têm que ser apurados e não vi a zelosa procuradoria abrir inquérito - disse Eurico.
O presidente afirmou conhecer "muito bem, muito bem, muito bem" o presidente da Federação Catarinense de Futebol e vice da CBF, Delfim Peixoto, e citou a atuação do filho do mandatário catarinense como delegado de jogos de futebol. Paulo Máximo disse que "Eurico não agiu fora da ética, pelo contrário", mas apenas manifestou o direito de passar fatos e dúvidas para a imprensa, tornando-as públicas. Eurico repetiu o que disse a respeito do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e do vice da CBF, Delfim Peixoto.
- Eu não disse uma única inverdade na minha entrevista. Não ofendi ninguém. Até hoje o Marco Polo não saiu (da presidência da CBF) porque teria que passar o cargo para o Delfim. O seu Marco Polo, que está fragilizado, fica se encolhendo. E eu não tenho nada com isso, desde que não atrapalhe o Vasco - disse o presidente vascaíno.
Auditores: Eurico ultrapassou "linha tênue do limite" em "pequeno deslize"
O relator Rodrigo Raposo do caso absolveu Eurico no artigo 243-D, sobre a declaração de "guerra sem quartel". Ele considerou que a expressão não incitava o ódio e não deveria ser julgado desta maneira, absolvendo o presidente do Vasco. Raposo disse que as denúncias e coincidências de arbitragem para clubes de Santa Catarina suscitam dúvidas e devem ser investigadas, senão pela CBF, com a participação do tribunal desportivo. Mas, segundo ele, a entrevista de Eurico "no calor da partida" passou por "pequeno deslize na questão do excesso". Outro auditor, que afagou Eurico, disse que o presidente efetivamente ultrapassou "linha tênue", mas também votou junto ao relator - seguido por unanimidade.
O presidente do Vasco foi denunciado pelas entrevistas coletivas após o empate com a Chapecoense. Ele foi enquadrado no artigo 258, 2º parágrafo, inciso II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala em ato de desrespeito à equipe de arbitragem, por afrontar preceitos de boa ética. A procuradoria defende que as entrevistas colocaram em dúvida  a lisura do trabalho de arbitragem e que Eurico levantou suspeitas “sem evidências de um possível complô político”. O presidente vascaíno também foi denunciado pela declaração de que vai promover"guerra sem quartel" contra a CBF e o presidente Marco Polo Del Nero, sendo enquadrado no artigo 243-D do CBJD, que fala em incitação à violência de torcedores. 
Pelo atraso de dois minutos no confronto entre São Paulo 2 x 2 Vasco, o clube carioca levou multa de R$ 2 mil. Mais informações em instantes.
* João Mata, estagiário sob supervisão de Raphael Zarko
** O procurador Thiago Horta Barbosa foi quem assinou a denúncia, não o procurador-geral Paulo Schmitt.

Costa Rica, Bate filho de Zidane ,vence a favorita França e avança às quartas

Herdeiro do craque, goleiro Luca passa em branco em disputa de pênaltis e não impede eliminação. Croácia, Mali e Equador também seguem vivo no Mundial Sub-17


De nada valeu ter a melhor campanha da primeira fase, de nada valeu o sobrenome famoso de seu goleiro, de nada valeu o favoritismo. Na maior zebra das oitavas de final, a França foi eliminada pela Costa Rica do Mundial Sub-17, realizado no Chile. Após empate por 0 a 0 no tempo normal, Luca Zidane não conseguiu defender nenhuma penalidade e os costarriquenhos venceram por 5 a 3, em Puerto Montt - o capitão Cognat chutou para fora (Confira as cobranças no vídeo acima). O próximo rival será a Bélgica, segunda-feira, em Concepción. Ainda nesta quinta, Croácia, Mali e Equador também conseguiram a classificação.
Com autoridade, o Equador fez 4 a 1 na Rússia em Concepción, gols de Pereira, duas vezes, Corozo e Nazareno. Chalov descontou. Em Talca, Mali não teve dificuldade para eliminar a Coreia do Norte com um 3 a 0, dois gols de Maiga e um de Haidara. Já a Croácia contou com Moro e Lovren para fazer 2 a 0 na Alemanha. Com os resultados, as quartas de final do Mundial terão dois sul-americanos, dois representantes da Concacaf, dois africanos e dois europeus.
França Costa rica Mundial sub-17 (Foto: Fifa.com)França e Costa Rica fizeram um jogo disputado em Puerto Montt (Foto: Fifa.com)
Confira os confrontos das quartas de final:
Domingo
Brasil x Nigéria - Em Viña del Mar, às 17h (de Brasília)
Croácia x Mali - Em Chillán, às 20h
Segunda-feira   
Equador x México - Em Coquimbo, às 18h
Bélgica x Costa rica - Em Concepción, às 21h

FBI diz que não abre mão de algemas por idade em transporte de prisioneiro


jose maria marin cbf coletiva seleção brasileiraUma porta-voz confirmou ao blog que o FBI não abre exceção em procedimentos de extradição por conta de aspectos físicos do prisioneiro, como idade ou sexo. O questionamento foi feito após a afirmação do órgão americano de que uma pessoa em processo de extradição é considerada "sob custódia" e, por isso, ao viajar com agentes deve ser algemada. O FBI justificou que, pelo transporte normalmente ser feito em voo comercial, as algemas são obrigatórias para garantir a segurança dos demais passageiros.

- Por conta da segurança dos demais passageiros em uma linha aérea comercial, é procedimento típico do FBI algemar o prisioneiro a despeito de seus atributos físicos (idade, sexo, etc.) - disse uma porta-voz do FBI por email.

O ex-presidente da CBF José Maria Marin, preso em Zurique desde o dia 27 de maio, mudou a postura de contestar a extradição para os Estados Unidos e concordou com o procedimento na quarta-feira. As autoridades americanas devem buscá-lo em território suíço dentro de 10 dias. 

A expectativa é de que seja tentado um acordo para prisão domiciliar em Nova York, onde Marin possui um apartamento, nos mesmos moldes do obtido por Jeffrey Webb, ex-presidente da Concacaf e ex-vice-presidente da Fifa, que até então era o único dos sete presos em Zurique a ter concordado com a extradição. Ele foi entregue às autoridades americanas em 15 de julho e pagou US$ 10 milhões (cerca de R$ 40 milhões) para responder à primeira fase do processo em liberdade supervisionada pelo FBI.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Polícia de Toronto pede prisão para Piazon e Andrey por abuso sexual

Atacante que pertence ao Chelsea e goleiro ex-Botafogo são investigados por
caso com mulher de 21 anos durante os Jogos Pan-Americanos, no Canadá

Pan das selfies: Lucas Piazon, futebol masculino (Foto: Reprodução/ Instagram)Piazon representou a seleção brasileira nos jogos Pan-Americanos (Foto: Reprodução/ Instagram)
A polícia de Toronto emitiu nesta quinta-feira um mandado de prisão para dois jogadores da seleção brasileira de futebol masculino nos Jogos Pan-Americanos deste ano: o atacante Lucas Piazon e o goleiro Andrey. Eles são investigados por abuso sexual ao terem conhecido a vítima de 21 anos em uma boate e a terem levado para casa no dia 25 de julho.

A polícia alega que os dois abusaram sexualmente da vítima depois que ela dormiu e então fugiram da residência. Andrey Ventura e Lucas Piazon estão fora do país desde o fim do Pan - o goleiro, ex-Botafogo, está na semifinal da Série D com o Botafogo-SP, enquanto o atacante defende o Reading, da Inglaterra, na Segunda Divisão da Inglaterra - está emprestado pelo Chelsea.

A polícia afirma que ambos terão de ser extraditados para o Canadá caso tenham de enfrentar as acusações. Em contato com o GloboEsporte.com, Piazon negou de forma veemente das acusações. Ele não foi notificado formalmente e está tomando conhecimento do caso para adotar as medidas cabíveis.
No mesmo Pan, Thye Mattos Bezerra, goleiro reserva da seleção brasileira de polo aquático,também foi acusado de abuso sexual. O seu caso aconteceu em 16 de julho, um dia depois da derrota brasileira para os Estados Unidos na final dos Jogos Pan-Americanos. Segundo Joanna Beaven-Desjardins, inspetora de crimes sexuais da polícia de Toronto, Thyê, acompanhado de um companheiro de seleção, teria ido à residência da vítima. Lá, teria se aproveitado que a mulher estava dormindo e abusado sexualmente da vítima. Na sequência, teria fugido do local. A inspetora não quis dar mais detalhes do caso.
Lucas Piazon Andrey Polícia Canadá (Foto: Reprodução / Twitter)Cartaz da Polícia com fotos de Lucas Piazon e Andrey está sendo divulgado no Twtter (Foto: Reprodução / Twitter)

Lutador pintadense terá a sua segunda luta como profissional no MMA


No sábado dia 31 de outubro, o jovem lutador pintadense de MMA, Emerson Rios, irá lutar mais uma vez defendendo a sua cidade natal.
Dessa vez o lutador irá enfrentar Fabio Assis. Essa será a segunda luta de Emerson como profissional no MMA, o confronto será no Ginásio Municipal de Valinhos, os portões serão abertos as 18:00 horas sendo que a luta dará início as 20:00 horas e terá transmissão ao vivo pelo Canal Combate.

Emerson estreou no dia 15 de agosto de 2015, no esporte profissional, vencendo o lutador Eduardo Cesar, pelo Max Fight. O jovem pintadense é filho de Elonilde Rios Santana, conhecida popularmente como Di, casada com Davino Mendes de Almeida.

Mascherano se declara culpado por fraude contra Fazenda espanhola

Volante do Barcelona ocultou mais de R$ 6,42 milhões de direitos de imagem

O volante Javier Mascherano, do Barcelona, admitiu nesta quinta-feira ser culpado por fraude contra a Fazenda espanhola. O argentino compareceu a um Tribunal em Gavà e reconheceu ter ocultado mais de € 1,5 milhão (R$ 6,42 milhões) de direitos de imagem em 2011 e 2012 no Imposto sobre a Renda de Pessoas Físicas (IRPF).
Segundo a imprensa espanhola, o jogador utilizou duas estratégias para cometer a fraude: não declarou rendas obtidas da Nike, uma de suas patrocinadoras, através de uma sociedade nos Estados Unidos; e simulou a cessão de seus direitos de imagem a uma empresa radicada em Madeira (Portugal).
Por indicação de seus advogados, Mascherano pagou então o que devia e mais € 200 mil (R$ 850 mil) por interesses. Isto, no entanto, não impediu que fosse declarado réu no tribunal, como já acontecera anteriormente com o compatriota e amigo Lionel Messi.
Mascherano expulso Barcelona Eibar (Foto: Reprodução / Site Oficial)Mascherano foi expulso contra o Eibar no fim de semana (Foto: Reprodução / Site Oficial)

Com entrada controlada, STJD recebe Eurico e Delfim em dia de casa cheia

Presidente do Vasco terá 10 minutos para se defender de denúncia da procuradoria. Segurança de tribunal não vai permitir pessoas com camisa de clubes na sessão

Eurico, Vasco (Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br)
Eurico vai fazer a própria defesa no tribunal nesta quinta no STJD (Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br)
São sete processos em pauta, mas dois deles são mais aguardados na pauta da 5ª Comissão Disciplina do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Eurico Miranda, presidente do Vasco, e Delfim Peixoto, presidente da Federação Catarinense de Futebol e vice-presidente da CBF, serão julgados pelos auditores na sessão presidida por José Perdiz de Jesus. Os processos dos desafetos, segundo a pauta da comissão do STJD, devem ser o quarto e quinto julgados - o que só está previsto para acontecer a partir das 13h.
Para evitar qualquer princípio de confusão, a segurança do tribunal vai controlar a entrada, sem permitir pessoas com utensílios de times de futebol. Na ordem do dia, ainda há casos do goleiro Rogerio Ceni, do São Paulo, de David Braz e de Gabriel, do Santos. Por atraso no início da partida contra o São Paulo, o Vasco também pode ser punido, conforme o artigo 206 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Eurico e Delfim, que são advogados, terão participação ativa na defesa dos processos. O presidente do Vasco vai até fazer a própria defesa, dividindo o tempo de sustentação com o advogado que representa o clube no dia a dia do STJD. 
Saiba tudo sobre o julgamento desta quinta no STJD:
A denúncia contra Eurico: Pelas entrevistas coletivas após o empate com a Chapecoense, o presidente vascaíno foi denunciado no artigo 258, inciso II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala em ato de desrespeito à equipe de arbitragem, por afrontar preceitos de boa ética. A procuradoria defende que as entrevistas colocaram em dúvida  a lisura do trabalho de arbitragem e que Eurico levantou suspeitas “sem evidências de um possível complô político”. O presidente vascaíno também foi denunciado pela declaração de que vai promover "guerra sem quartel" contra a CBF e o presidente Marco Polo Del Nero, sendo enquadrado no artigo 243-D do CBJD, que fala em incitação à violência de torcedores.
Delfim Pádua Peixoto Filho  (Foto: Reprodução SporTV)Delfim Peixoto rebateu ataques de Eurico e ofendeu presidente vascaíno (Foto: Reprodução SporTV)
A denúncia contra Delfim: A procuradoria denunciou Delfim no artigo 258 do CBJD, por atitude contrária à disciplina no esporte. Em entrevista ao GloboEsporte.com, Delfim chamou Eurico de "mentiroso e idiota". 
Início do julgamento: A partir das 13h, na sessão da tarde do STJD, o relator auditor Matheus Gregorini lê o relatório do processo. A defesa ou a procuradoria podem exibir provas de vídeo em seguida. No julgamento de Delfim, o auditor relator é Rodrigo Raposo.
Perguntas: Denunciado (Eurico) e testemunhas, caso haja, ficam à disposição da defesa, da procuradoria e dos auditores. As testemunhas ficam do lado de fora da sala do tribunal e só entram quando são chamadas.
Sustentações: A procuradoria exibe e desenvolve a denúncia, com até 10 minutos para a sustentação. Depois, Eurico e Paulo Máximo devem dividir mais 10 minutos para tentar convencer os auditores da absolvição do presidente do Vasco. Para representar Delfim, o advogado Osvaldo Sestário, que já representou o Vasco - e move processo contra o clube - está escalado pela Federação Catarinense de Futebol.
Votos: O relator do caso de Eurico dá o primeiro voto, com a pena ou absolvição prevista. Depois, cada auditor dá sua sentença e o presidente da sessão vota por último e, após colher todos os votos, dá o resultado da sessão. 
As penas contra Eurico: pelo artigo 258, Eurico pode pegar de 15 a 180 dias de suspensão. 
As penas contra Delfim: no mesmo artigo que Eurico, Delfim pode pegar de 15 a 180 dias de suspensão.

05 Jogadores do Flamengo São Afastados do Elenco ,Por Causa de Noitadas e Farras

Afastados pela diretoria após festa, jogadores têm histórico ruim nesse aspecto e ficam malvistos internamente. Tendência é que a maioria não siga no clube em 2016

Festa Pará, Anderson Pico, Everton, Marcelo Cirino e Paulinho (Foto: Divulgação)
Foto com garrafas de Stella causou polêmica; de lá pra cá, saiu Pico e entrou Alan (Foto: Divulgação)
O afastamento de cinco jogadores do Flamengo na noite dessa quarta-feira caiu como uma notícia bombástica para boa parte de imprensa e torcida, mas a participação do quinteto na festa, que culminou com a atitude drástica por parte da diretoria, não foi vista internamente com surpresa. A verdade é que não foi a primeira vez que Alan Patrick, Everton, Marcelo Cirino, Paulinho e Pará se reuniram para festejar. O problema é que o time vive péssimo momento - são seis derrotas nos últimos sete jogos e chance remota de conquistar vaga na Libertadores 2016 -, e a exposição desnecessária causada pelos relatos de agito e animação do evento só piorou a situação e irritou ainda mais os dirigentes.
Esse mesmo grupo de jogadores, com exceção de Alan Patrick, já havia causado a ira da torcida rubro-negra quando, em meio ao mau momento vivido pela equipe no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, teve uma polêmica foto exposta nas redes sociais. Nela, Everton, Cirino, Paulinho, Pará e Anderson Pico - que deixou o clube - posavam sorridentes com garrafas da cerveja Stella Artois. Por isso, passaram a ser chamados ironicamente por torcedores, principalmente no Twitter, de "Bonde da Stella", e receberam cobranças por mais empenho. Houve até pichações nos muros da Gávea e cartazes ameaçadores com reproduções da foto. Em outro momento polêmico vazado na web, Everton apareceu aparentemente embriagado em vídeo com um amigo e duas mulheres.
Elenco reprova festa; quinteto "queimado"
Sobre a festa da última terça, os envolvidos sustentam a versão de que não houve qualquer tipo de baderna e que se tratava apenas de uma confraternização normal durante a tarde. A diretoria, no entanto, não comprou a ideia e decidiu pela punição. Alguns dirigentes ficaram cientes do episódio na terça à noite, quando relatos começaram a se espalhar por grupos de WhatsApp, mas outros só souberam na quarta pela manhã, quando houve a reunião. Sem provas concretas do acontecido, mas conhecendo o histórico do quinteto, a diretoria de forma geral acabou se deixando levar pela influência externa, baseando-se na versão da imprensa. Com grande parte da torcida indignada nas redes sociais e pedindo até a demissão dos envolvidos, a opção por multa e afastamento soou como uma resposta de comando.
Internamente, as reações do elenco à ocorrência da festa foram ruins. A maioria só tomou conhecimento ao fim do treino de quarta, quando houve a cobrança da diretoria, e ficou indignada com a postura do quinteto por conta do mau momento do Flamengo. Vários jogadores, por exemplo, têm se privado de sair na rua para evitar cobranças e exposição. O afastamento, no entanto, foi interpretado como exagero por alguns, uma vez que, apesar de tudo, o quinteto estava num momento de lazer, fora do horário de trabalho.
O técnico Oswaldo de Oliveira demonstrou chateação com a atitude do grupo envolvido na festa, mas não participou da reunião nem interferiu na tomada de decisão. Apenas deixou a cargo da direção rubro-negra.
Jogadores do Flamengo (Foto: Reprodução/Twitter)Everton, Alan Patrick, Paulinho, Pará e Marcelo Cirino: grupo dos afastados está sempre junto (Foto: Reprodução / Twitter)
Paulinho líder negativo; Everton perto de sair
A proximidade dos cinco jogadores é evidente, tanto que eles costumam postar fotos juntos nas redes sociais. Mas eles, mesmo antes da festa, não passavam a melhor das imagens para a diretoria e os líderes do elenco. No dia a dia vinha sendo notada certa falta de comprometimento com o Flamengo. Até mesmo na hora das entrevistas e coletivas de imprensa, onde a maioria deles se esconde. Alan Patrick é o único que costuma falar mais. Do grupo atual, os que mais "botam a cara" em momentos difíceis são Wallace, Paulo Victor e César Martins.
Quem puxa a fila dos escondidos é Paulinho, visto como líder negativo do grupo. O atacante, que chegou como desconhecido e teve momento de brilho em 2013, no título da Copa do Brasil, causa impressão de marrento por todos os cantos no Ninho do Urubu. Além disso, com o time em má fase, já causou episódios de mal-estar no elenco exatamente por aparentar essa falta de comprometimento. É ele quem deve puxar a fila também da saída, apesar de não ter esse desejo - recusou ofertas do exterior no meio deste ano. O Flamengo vê com bons olhos a chegada de uma proposta de compra ou empréstimo do jogador, que tem contrato até fevereiro de 2018.
Outro que deve sair, e por sinal está bem perto disso, é Everton. O meia-atacante recebeu proposta do Tianjin Songjiang, time da segunda divisão da China que contratou recentemente o técnico Vanderlei Luxemburgo, e tem grande chance de se transferir na próxima janela. Ele tem compromisso com o Rubro-Negro até o fim de 2017.
Os casos dos demais são um pouco mais complicados e demandam análise mais profunda da diretoria. O contrato de Pará, emprestado pelo Grêmio até o fim deste ano, tem prevista uma renovação automática por mais dois anos, que antes parecia mais certa de acontecer. Marcelo Cirino, por sua vez, assinou com o Flamengo até o fim de 2017, e o clube da Gávea tem até essa data para pagar ao fundo de investimentos Doyen Group o empréstimo de R$ 16,5 milhões feito para a compra de 50% dos direitos econômicos do atacante. Mas, como o camisa 7 vive má fase desde o Campeonato Carioca e agora foi afastado, a sequência dele no Fla em 2016 ficou improvável, ainda mais pelo fato de despertar interesse de clubes do Brasil e de fora.
Contratos dos afastados - Flamengo (Foto: GloboEsporte.com)
Alan Patrick: o mais sacrificante
Já o afastamento de Alan Patrick, que também tem compromisso até dezembro, parece ter sido a parte mais sacrificante para a diretoria rubro-negra. Satisfeito com o desempenho do meia, o Flamengo já tinha acordo verbal com o Shakhtar Donetsk-UCR para a renovação até o meio de 2016 e estava se mexendo para estender o contrato pelo menos até o fim da próxima temporada. Mas a punição coloca um freio em qualquer tipo de conversa nesse aspecto. O histórico de festas de Alan em clubes por onde passou antes do Fla, em especial o Internacional, chegou a ser comentado por um ex-dirigente rubro-negro.
- Esse aí não bebe, ele mastiga a garrafa. É o mal da camisa 27 - afirmou o ex-dirigente, fazendo alusão a André Santos, ex-lateral-esquerdo do clube, antes de Alan mudar do 27 para o 19.
A diretoria diz que falar sobre a continuidade desses atletas no clube em 2016, neste momento, é prematuro, e prefere esperar a poeira baixar para pensar com calma e tomar a melhor decisão. O fato é que todos os cinco viveram pelo menos algum bom momento em 2015, mas agora se veem "queimados" e em descrédito com torcida e diretoria por conta da vida extracampo.

Alan Patrick, Everton, Marcelo Cirino, Paulinho e Pará seguirão treinando no Ninho do Urubu, mas em horários diferentes do grupo principal a partir desta quinta-feira. Quando a atividade for de manhã, eles trabalharão à tarde, e assim por diante. A punição é por tempo indeterminado.
Preocupados com o futuro no Flamengo, os cinco jogadores têm um objetivo comum: o acerto com as esposas, que não aceitaram a história de que não havia mulheres na festa da qual participaram. Alan é casado com Carol; Everton, com Juliane; Cirino, com Isa; Pará, com Pamela; e Paulinho, com Jessica. Todos têm filhos com suas respectivas.