O cronômetro marcava 14 minutos do primeiro tempo.
Alvinho avança em velocidade pelo lado direito do campo do Campinense e
é derrubado por trás por Patric, que leva cartão amarelo no lance.
Parecia um lance normal, mas o jogador não conseguiu se levantar. O
médico entra em campo e depois a ambulância. O tempo passa. E o volante
Neto, amigo do atacante machucado, começa a chorar. A esta altura, todos
sabem que o caso é grave. E depois vem a confirmação: Alvinho tem
fraturas em dois ossos da perna e vai de ambulância para um hospital de
referência de Campina Grande. Deve ser operado e vai ficar pelo menos
seis meses fora dos gramados.
Reclamações, expulsões, objetos atirados em campo e nervos exaltados.
O empate sem gols entre Campinense e Bahia na noite desta quarta-feira,
no Amigão, em Campina Grande, pelas quartas de final da Copa do
Nordeste, foi recheado de tensão. A lesão do atacante Alvinho, da
Raposa, ainda no primeiro tempo, desencadeou contornos dramáticos ao
confronto, que prometia ser de muita emoção, e acabou cercado de
polêmica.
Responsável
pela falta que resultou na lesão de Alvinho, Patric recebeu cartão
amarelo, enquanto os jogadores do Campinense pediam o vermelho. Os
atletas do Bahia reclamaram de faltas que não foram marcadas e Kieza
criticou o árbitro por um pênalti não assinalado no fim do confronto. No
fim, o empate não satisfez nenhum dos dois lados.
Bahia e
Campinense voltam a se enfrentar no sábado, às 16h (horário de
Brasília), na Arena Fonte Nova, em Salvador. O Tricolor precisa vencer
por qualquer placar para seguir para as semifinais da Copa do Nordeste. A
Raposa avança com triunfo ou empate com gols. Um novo empate sem gols
leva a decisão da vaga para os pênaltis.
O jogo
O Bahia não demorou para criar a
primeira boa chance da partida. Com apenas dois minutos, Biancucchi
recebeu de Tiago Real e chutou de primeira. Gledson foi obrigado a fazer
grande defesa. Na sequência, o argentino tentou de novo e acertou o
travessão da meta paraibana. O jogo foi paralisado aos 14 minutos.
Alvinho sofreu uma fratura na perna após um carrinho de Patric. O
atacante do Campinense precisou deixar o Amigão de ambulância, e o
lateral tricolor foi substituído após receber cartão amarelo. Na saída
de campo, membros da comissão técnica da Raposa tentaram agredir o atleta baiano e precisaram ser contidos pelo árbitro.
Quando
a bola voltou a rolar, o confronto ficou tenso. Faltas, reclamações e
poucas oportunidades de gol. A tensão se estendeu até o técnico
Francisco Diá, que acabou expulso ao impedir que o jogador do Bahia
cobrasse um lateral. O mau comportamento também veio da torcida. O
quarto árbitro sofreu um corte na cabeça ao ser atingido por um objeto
lançado no campo por um torcedor. Com todo o ocorrido, o primeiro tempo teve 11 minutos de acréscimo.
No retorno do intervalo, a promessa era de que a partida poderia evoluir. No entanto, os dois times
seguiram sem conseguir criar. Os goleiros não fizeram defesas difíceis e
se movimentavam quase que exclusivamente para receber bolas recuadas e
cobrar tiros de meta. Nos minutos finais do jogo, o zagueiro Gabriel
Valongo sentiu dores e precisou seguir em campo, já que as três
substituições haviam sido realizadas. O lance mais marcante do segundo
tempo foi o de uma situação bizarra: Bruno Paulista tentou aplicar um elástico no adversário, se atrapalhou e ficou caído no gramado.
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