Jogador, que está acertado com time do futebol francês, pode responder também por falsificação de documentos. Denúncia será avaliada pela 29ª Vara Criminal do Rio
Antes de tentar retomar a carreira, Adriano terá outra batalha pela frente. O atacante, que está acertado com o Le Havre, da segunda divisão francesa, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro nesta terça-feira por tráfico de drogas e associação ao tráfico. A informação é do canal ESPN. Segundo o canal, o jogador pode responder também por falsificação de documento.
Adriano, no último fim de semana, em visita ao Le Havre
(Foto: Claudia Garcia)
A denúncia foi feita pela 1ª Central de Inquéritos do Ministério
Público do Rio de Janeiro e será avaliada pela 29ª Vara Criminal. Adriano
estava na França, onde visitou as instalações do Le Havre, e embarcaria para o
Rio de Janeiro ainda nesta terça. O atacante ainda não assinou contrato com o
clube francês, mas diz estar “99% acertado”. Ele só jogaria na equipe me
janeiro. Na denúncia do Ministério Público, o promotor não pede a prisão de
Adriano, mas recomenda que seu passaporte seja recolhido devido à
"possibilidade de fuga do jogador, por ser ‘pessoa com elevados recursos
financeiros’".
O MP se baseou em investigação da polícia que diz que
Adriano comprou uma moto para um traficante da Vila Cruzeiro, comunidade onde o
atacante foi criado. Segundo a denúncia, o jogador, junto com o amigo Marcos
José de Oliveira, possibilitou que o bem fosse utilizado para o tráfico ilícito
de drogas. A moto comprada por Adriano, em 2007, foi colocada no nome da mãe do
traficante Paulo Rogério de Souza Paz, o “Mica”, que seria seu amigo.
De acordo com o MP, na época da compra da moto, a Vila
Cruzeiro era dominada pelo Comando Vermelho, facção da qual Mica fazia parte. Segundo
a denúncia, o traficante era a “pessoa que autorizava ou não a entrada e saída
de pessoas e a realização de eventos na região” e precisaria de “veículos
velozes, em especial motocicletas, pela agilidade no tráfego, que fossem
legalizados e não levantassem suspeitas quando transitassem fora das
comunidades”.
Com tal argumentação, a entidade diz que jogador e seu amigo
“se associaram aos traficantes em atividade na Vila Cruzeiro, com a finalidade
de facilitar o tráfico ilícito de drogas e as atividades afins". A pena
prevista para o tráfico é de 15 anos. A punição por associação ao tráfico é de
dez anos.
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