terça-feira, 28 de abril de 2015

Advogados enviam apelação por Jobson e esperam resposta da Fifa

Entidade não dá prazo para responder a pedido de efeito suspensivo, e atacante permanece como dúvida para segundo jogo da final do Carioca, contra o Vasco

Jobson treino Botafogo (Foto: Antonio Scorza / Agência O Globo)Jobson treinou na última segunda-feira à espera definição sobre seu futuro (Foto: Antonio Scorza / Agência O Globo)
Na noite da última segunda-feira o Botafogo enviou à Fifa o pedido de efeito suspensivo para Jobson. No documento, os advogados do atacante solicitaram à entidade máxima do futebol que o libere para jogar até que um novo julgamento seja marcado. O atleta alvinegro foi punido com quatro anos de suspensão por supostamente ter se recusado a fazer exame antidoping quando atuava pelo Al Ittihad, da Arábia Saudita, em 2014.
Os advogados de Jobson contestam a validade mundial da pena, aplicada pela Federação Saudita de Futebol. Ainda existe a esperança de que Jobson possa ter condições de enfrentar o Vasco, neste domingo, pelo segundo jogo da final do Campeonato Carioca. Mas a possibilidade ainda é considerada incerta.
- Enviamos o pedido de efeito suspensivo na noite de segunda-feira, mas não há qualquer perspectiva de quando a Fifa dará sua resposta. Não existe prazo, mas claro que torcemos para que isso ocorra até esta sexta-feira - explicou Bichara Neto, um dos advogados que defendem Jobson no caso.
Leia: Isolamento e carinho da mãe: a rotina de Jobson após suspensão
Liberado dos treinos de sexta e sábado da semana passada, depois do anúncio da suspensão, Jobson retomou os trabalhos com o Botafogo na manhã desta segunda-feira. O contrato do atacante com o clube vence no dia 24 de junho.
Entenda o caso
Há um ano, Jobson foi notificado de que estaria suspenso por quatro anos por ter se recusado a fazer um exame antidoping no dia 25 de março de 2014, pelo Antidoping da Arábia Saudita. O documento dizia que a suspensão preventiva vale para jogos "internamente e externamente". De acordo com a nota, o jogador se omitiu a realizar o teste e não deu ouvidos aos avisos subsequentes. O Comitê Antidoping afirma ter comunicado, primeiramente, o clube sobre a infração. Depois, o jogador teria sido procurado pessoalmente através de telefone e até mesmo em sua residência, não sendo encontrado.
Por fim, Jobson teria faltado a duas audiências no Gabinete da Presidência Geral da Juventude e Bem-Estar de Jidá. O comunicado do comitê lembrou que o jogador já teve outros dois problemas com doping, em 2009, testando positivo para o uso de cocaína, o que o deixou afastado dos gramados, primeiramente, por sete meses, e, depois, por mais seis.
Os advogados do atacante, no entanto, sempre afirmaram que o que aconteceu na ocasião foi uma arbitrariedade. A principal tese levantada pelos responsáveis pela defesa de Jobson é de que trata-se de uma espécie de represália, já que o atacante acionou o Al Ittihad na Fifa para receber salários e outros pagamentos devidos. Como o clube tem força na Federação Saudita, teria havido uma suposta articulação para punir o jogador numa situação no mínimo incomum quando se trata de um procedimento antidoping.
Jobson voltou a entrar em campo e fez a reestreia com a camisa do Botafogo apenas no dia 20 de outubro do ano passado, no empate com o Sport, pelo Campeonato Brasileiro.

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