quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Investigação da OAS na Operação Lava Jato trava a compra da Arena

Expectativa inicial da direção gremista era de que a negociação estivesse concluída definitivamente até o início de 2015

GRêmio x Cruzeiro Torcida Arena (Foto: Diego Guichard/GloboEsporte.com)Compra da Arena está temporariamente (Foto: Diego Guichard/GloboEsporte.com)
As definições sobre a compra da gestão da Arena do Grêmio junto a OAS deverão demorar mais do que o esperado. Como a empreiteira está sob investigação na Operação Lava Jato da Polícia Federal, as negociações foram temporariamente suspensas. 
- É normal que essas negociações fiquem em stand by neste momento. Ainda não nos passaram nada em relação a como vai se desenvolver, se vai ser suspensa ou retomada – disse uma fonte ligada à direção do Grêmio ao GloboEsporte.com.
Entre Grêmio e OAS já estava tudo acertado e alinhavado para a compra da Arena. Ficou estipulado que o clube pagará R$ 360 milhões, divididos em parcelas mensais durante 20 anos, além de entregar o Olímpico, avaliado em R$ 170 milhões. 
Na diretoria do Grêmio havia a certeza que o clube poderia assinar a negociação ainda neste ano. Para que isso acontecesse, bastaria que a OAS apresentasse as garantias ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para desonerar o terreno da Arena e, com isso, efetivar a troca de chaves com o Olímpico. 
 - Não há como avançar neste momento. O advogado que capitaneou a negociação da OAS está preso. Só se ele repassar para outra pessoa da empresa encaminhar o negócio – explica outra fonte ligada a negociação.
O executivo da empresa que comandava as negociações com o Grêmio é José Ricardo Nogueira Breghiroll, preso no dia 14 de novembro.
A expectativa inicial da direção gremista era de que a negociação estivesse concluída definitivamente até o início de 2015. Os conselheiros do Grêmio deveriam ter votado o contrato em 17 de novembro. A pedido da direção, no entanto, a reunião foi suspensa e não tem nova data prevista. 
Imbróglio com a OAS
Na OAS, foram presos preventivamente José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da empresa em São Paulo, e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da OAS. A prisão preventiva, decretada para que o suspeito não volte a cometer o crime ou não atrapalhe nas investigações, não tem prazo para acabar.
No caso da prisão temporária, que tem prazo máximo de dez dias, foram presos o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da companhia em São Paulo, e Alexandre Portela Barbosa, advogado da empreiteira.
A Operação Lava Jato

A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

Nove empreiteiras são investigadas pela suspeita de formação de cartel para licitações e desvio de dinheiro para corrupção de agentes públicos.

Apenas essas empresas, têm contratos com a estatal que somam R$ 59 bilhões. Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, 25 pessoas foram presas pela Polícia Federal durante a sétima e mais recente etapa da operação. Desse total, 11 investigados foram liberados.

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