As dificuldades financeiras do Corinthians se agravaram em 2019. O déficit neste ano já ultrapassa R$ 100 milhões e o clube também viu sua dívida crescer.
As principais justificativas para o resultado ruim até o momento são:
Algumas das principais receitas, como as cotas de TV, são pagas no segundo semestre;
O clube fez investimentos no começo do ano para contratar jogadores;
O Timão não arrecadou nem metade dos R$ 50 milhões previstos no orçamento com vendas de atletas;
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians — Foto: Marcos Ribolli
O Corinthians acredita que reduzirá consideravelmente o déficit até o fim da temporada, mas a previsão de fechar a temporada no azul está praticamente descartada. O orçamento de 2019 previa superávit de R$ 650 mil.
Os cartolas entendem ser necessário vender atletas até o fim do ano para equilibrar as contas. As janelas de transferências das principais ligas internacionais fecham nos próximos dias, e o Timão está atento.
O déficit corintiano até julho foi apresentado na noite da última segunda-feira, em reunião do Conselho de Orientação (CORI) do clube. O valor exato, porém, não é comentado publicamente por dirigentes alvinegros.
As contas de julho não foram aprovadas pelo CORI. Os conselheiros alegaram que faltava o parecer da Comissão Fiscal do clube e também pediram explicações para o resultado negativo. Além disso, eles cobraram um plano de contingência da dívida.
Fontes ouvidas pelo GloboEsporte.com afirmam que o passivo corintiano saltou de R$ 469 milhões no fim de 2018 para R$ 637 milhões em julho deste ano.
Ao contrário do que fez em 2018, o Corinthians não vem divulgamento mensalmente os balancetes financeiros em seu site oficial.
O balancete apresentado aos conselheiros na última segunda-feira apresentava um empréstimo contraído do Banco BMG, patrocinador do clube. Por outro lado, o Timão deixou de obter dinheiro junto ao banco Paulista. Agora, além do BMG, Itaú, Bradesco e Santander são credores do Corinthians.
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