quarta-feira, 20 de junho de 2018
Após derrota para Rússia, Cúper pode deixar cargo: "Não depende de mim"
Após 28 anos sem disputar a Copa do Mundo, o Egito voltou à competição em 2018. A expectativa sobre a equipe que tem Mohamed Salah era alta, mas as derrotas para Uruguai, na estreia, e Rússia, nesta terça, decepcionaram e colocaram em xeque o cargo do técnico Héctor Cúper. O comandante não sabe o que será do seu futuro na seleção e, apesar da derrota, elogia a atuação do Egito.
- Manter o cargo não depende de mim. Se não estão contente com o que tenho feito, vou sair imediatamente, não tenho dúvida. Temos uma partida ainda, temos que esperar até o último momento. As possibilidades são mínimas. Creio que a equipe foi bem defensivamente. Cometemos alguns erros, evidentemente. Controlamos o jogo aéreo, sobretudo no primeiro tempo. Estou contente com o que fizemos. Faltou aproveitar as situações de gol.
Héctor Cúper durante duelo com a Rússia (Foto: Getty Images )
Depois de perder na estreia para o Uruguai, Mohamed Salah foi escalado para enfrentar a Rússia na segunda rodada. Cúper acredita que o atacante do Liverpool estava pronto para jogar, mas defende que um jogador apenas não pode ser reponsável pela atuação de toda a equipe.
- É indiscutível a importância de Salah na seleção. Muito difícil saber o que teria acontecido se ele jogasse contra o Uruguai. Sempre por trás de um grande jogador, há uma equipe. E tivemos essa equipe. Talvez faltou contundência, algo mais, mas tenho que reconhecer o esforço feito depois de mais de 20 anos que o Egito não disputava o Mundial.
Para chegar à última rodada com chances de classificação, o Egito precisa torcer por uma vitória da Arábia Saudita contra o Uruguai, nesta quinta-feira. Caso a Celeste ganhe ou empate, a expectativa dos egípcios na terceira rodada estará na estreia de Essam El-Hadary. Se entrar em campo, o goleiro de 45 anos quebrará o recorde do colombiano Faryd Mondragón como atleta mais velho a disputar uma Copa. Cúper, entretanto, não garante a escalação.
- Vamos terminar o Mundial da melhor maneira. Todos querem jogar, têm uma expectativa, interesse, motivação. Não sei se essa decisão é só minha. Sempre disse que a seleção está acima de qualquer jogador.
Outros tópicos da coletiva com Héctor Cúper
Avaliação do jogo
- Tivemos 10 minutos ruins. Não creio que foi falta de concentração, porque fizemos um grande primeiro tempo. Em uma partida que dura mais de 90 minutos, tivemos entre 10 e 15 minutos fatais. Em algumas situações vai haver essa falta de sorte, a bola não vai entrar. Estou contente, todos os jogadores participaram. Fizemos um grande esforço, mas faltou aproveitar situações de gol.
Rússia
- A Rússia demonstrou ser uma equipe contundente, que trabalha muito, corre muito.
Salah
- Quando falamos que estava 100%, falamos da parte médica. Os médicos asseguraram que estava bem. Quando à parte física, ele não participou de todas as atividades que fizemos, fez trabalho em separado a princípio. Estou convencido que estava bem. Se não tivesse acontecido nada na final da Liga dos Campeões, ele teria trabalhado melhor, com a mesma intensidade de todos, tivemos três semanas de preparação.
- Todos sabemos o que representa Salah para a seleção. É importante, referência. Todos desejamos que nada tivesse acontecido, mas aconteceu e ponto. O que lamentamos é que ele não pode estar na preparação. As semanas de preparação é onde se aproveita para acertar coisas, e ele se dedicou a recuperar seu ombro.
Erros
- Não foi falta de concentração, porque quando nos referimos a isso quer que alguém está distraído. Ninguém está distraído na Copa do Mundo. Podem acontecer equívocos que o rival aproveita. Perdemos oportunidades de fazer gols. Cometer erros é normal no futebol. É provável que hoje tenhamos cometido algum erro que não se viu contra o Uruguai.
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