quinta-feira, 1 de junho de 2017

Impulsionado por vaga na Seleção, Giuliano fecha melhor temporada da carreira

Impulsionado por vaga na Seleção, Giuliano fecha melhor temporada da carreira

Ainda era começo de temporada quando Giuliano recebeu a notícia, já no fim de agosto, de que voltaria a ter uma chance na seleção brasileira. Ele desembarcara em São Petersburgo, na Rússia, para ser apresentado pelo Zenit, havia menos de um mês e só teve tempo de atuar em duas partidas pelo novo clube. Mas já imaginava que aquela novidade teria o poder de influenciar o restante de sua temporada. Nos meses seguintes, o ex-gremista fez jus ao status de selecionável por Tite, tendo a Seleção como um impulso.
O primeiro ano do meia no Zenit impressionou os fãs e afastou possíveis críticas daqueles que se surpreenderam com sua presença na lista de estreia de Tite no comando do Brasil. Em 45 jogos com a camisa do time da Rússia, Giuliano foi diretamente fundamental para 32 gols: marcou 18 vezes e deu 14 assistências. Por isso, ele não hesita ao dizer que este foi a melhor temporada de sua carreira.
- Foi, em termos de números, estatísticas, maior número de gols, assistências, também de desempenho. Minha saída para o Zenit veio na hora certa. É um clube reconhecido na Europa. E eu estou em processo de crescimento, saí no momento certo. As coisas deram certo, estou feliz e espero continuar a fazer bem o meu trabalho - disse Giuliano.
Giuliano considera sua primeira temporada no Zenit a melhor de sua carreira (Foto: Getty Images) Giuliano
Giuliano considera sua primeira temporada no Zenit a melhor de sua carreira (Foto: Getty Images)
Afastado da seleção brasileira desde 2012, Giuliano lembrou a chamada de Tite e seu retorno para o clube na sequência, dizendo que voltou à Rússia com a confiança em alta, mas também sob maior pressão. Para o meia, a oportunidade dada pelo técnico se deu por seu desempenho na passagem pelo Grêmio - embora admita que não esperava receber a chance naquele momento.
- O Tite estava acompanhando meu trabalho nos outros anos e acabou me levando também por merecimento. Me deu muita confiança, motivação. Eu sabia que o resultado que eu tivesse no clube faria com que eu permanecesse e fosse lembrado nas outras convocações.

Para o ex-gremista, um dos fatores fundamentais para o bom desempenho foi a experiência que teve no Leste Europeu anos antes, vestindo a camisa do Dnipro, na Ucrânia, entre 2010 e 2014. O brasileiro apontou que o futebol russo é bem parecido com o do país vizinho, mas possui melhor nível técnico. Giuliano acredita que o estilo de vida que tem atualmente na cidade russa é parecido com os tempos de Dnipropetrovsk, mas com maior qualidade.
Meia defenderá a seleção brasileira novamente nos amistosos de junho (Foto: Lucas Figueiredo/CBF) Meia
Meia defenderá a seleção brasileira novamente nos amistosos de junho (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Questionado se teve que enfrentar comparações com Hulk, que marcou época no Zenit e rumou para o futebol chinês no ano passado, Giuliano admitiu que o fato de ser brasileiro e ter um bom começo de temporada gerou este tipo de paralelo. Entretanto, hoje a torcida já entende que tratam-se de jogadores de estilos distintos.
- Houve essa comparação com o Hulk, pois ele era um brasileiro que teve sucesso no time, foi ídolo. Ele saiu para a China, e eu chegando no lugar dele, o pessoal entendeu que era uma negociação para o lugar dele. Na prática, a comparação aconteceu porque os meus resultados foram bons como os do Hulk na primeira temporada dele. Eu tratei de tirar isso, disse que minha característica era diferente. Fiquei feliz pela comparação, mas disse temos características diferentes. Quando eu disse que não era a mesma coisa, a pressão aliviou - afirmou o destaque do Zenit, que foi o terceiro colocado do Campeonato Russo e foi eliminado da Liga Europa nos 1/16 avos de final.
A temporada de Giuliano no Zenit: 18 gols e 14 assistências em 45 jogos
Agora de férias no clube, Giuliano se prepara para defender a seleção brasileira mais uma vez: o meia foi convocado para disputar os amistosos contra Argentina e Austrália, nos dias 9 e 13 de junho, em Melbourne. Será a chance de mostrar serviço para Tite exatamente um ano da Copa do Mundo e tentar reforçar a chance de estar presente no Mundial na Rússia.
- Tem muita coisa para acontecer antes da Copa, mas é importante (já estar no grupo). Todas as convocações em que você é lembrado, você passa a ter algum histórico, a experiência de fazer parte do grupo e se sentir parte do grupo... Todas as convocações têm importância. Os jogadores que estão indo com frequência têm a possibilidade maior do que um jogador que ainda não foi convocado. A gente tem que aproveitar o nosso momento. O Tite sempre foi um treinador que falou olho no olho, mostrou a verdade para os jogadores. Ele passa o que ele acha o certo e errado, coloca uma linha. E o jogador busca entender esse estilo de trabalho - completou.

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