Clube gaúcho ingressou com Mandado de Garantia em que tentava o afastamento do auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva e também extinguir o inquérito no Tribunal
Gustavo Juchem, vice jurídico do Inter (Foto: Bruno Giufrida)
Após a Corte Arbitral do Esporte (CAS) negar a análise da apelação colorada e decidir que não tem competência para analisar a matéria no caso Victor Ramos, o Inter segue envolvido no inquérito da suposta falsificação de documentos utilizados. Nesta quinta-feira, o clube gaúcho sofreu duas derrotas no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Horas depois da resposta do órgão suíço, o STJD indeferiu os pedidos do jurídico colorado em extinguir o inquérito e mudar o relator da investigação.
O departamento jurídico do Inter alegou que o prazo de 15 dias para a formulação do inquérito foi excedido e também disse que não teve vista do inquérito. Mas com a decisão do STJD, por seis votos a zero, o inquérito seguirá sendo presidido pelo auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva.
– O Inter não teve acesso a esse inquérito e entendemos que houve um prejuízo ao direito de defesa. Vamos continuar trabalhando no inquérito para esclarecer a verdade dos fatos que é de que não houve qualquer falsificação por parte do Inter – afirmou o vice jurídico do Inter, Gustavo Juchem.
O departamento jurídico do Inter alegou que o prazo de 15 dias para a formulação do inquérito foi excedido e também disse que não teve vista do inquérito. Mas com a decisão do STJD, por seis votos a zero, o inquérito seguirá sendo presidido pelo auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva.
– O Inter não teve acesso a esse inquérito e entendemos que houve um prejuízo ao direito de defesa. Vamos continuar trabalhando no inquérito para esclarecer a verdade dos fatos que é de que não houve qualquer falsificação por parte do Inter – afirmou o vice jurídico do Inter, Gustavo Juchem.
Segundo Juchem, o Inter apresentou duas perícias para comprovar a autenticidade dos e-mails utilizados como prova no caso. As análises enviadas pelo clube gaúcho vão na contramão da perícia apresentada pelo STJD. Em 30 de março, o Tribunal anunciou que a perícia comprovou falsificação de e-mails por parte do clube gaúcho no processo, em episódio denunciado pela CBF no final do ano passado.
– Já o fizemos e apresentamos (as perícias) ao Tribunal. Ao todo, são duas perícias e dois pareceres, demonstrando a cadeia de circulação desse e-mail. Mostra que, desde que esse e-mail foi enviado com o conteúdo que foi apresentado ao Tribunal, não foi alterado. Portanto, não foi alterado por ninguém do Inter e por ninguém por onde circulou esse e-mail. As diferenças existentes entre o conteúdo apresentado pelo Inter e aquele na ata notarial produzida pela CBF, não corresponde alterações relevantes de conteúdo, de sentido do texto. Entendemos que não há crime de falso ou de uso de documento falso – argumenta Juchem.
– Já o fizemos e apresentamos (as perícias) ao Tribunal. Ao todo, são duas perícias e dois pareceres, demonstrando a cadeia de circulação desse e-mail. Mostra que, desde que esse e-mail foi enviado com o conteúdo que foi apresentado ao Tribunal, não foi alterado. Portanto, não foi alterado por ninguém do Inter e por ninguém por onde circulou esse e-mail. As diferenças existentes entre o conteúdo apresentado pelo Inter e aquele na ata notarial produzida pela CBF, não corresponde alterações relevantes de conteúdo, de sentido do texto. Entendemos que não há crime de falso ou de uso de documento falso – argumenta Juchem.
Julgamento do Inter no STJD (Foto: Bruno Giufrida)
A DENÚNCIA FEITA PELA CBF
Em 9 de dezembro, a CBF enviou ao STJD um ofício no qual afirma que os e-mails que vazaram com uma suposta conversa entre o diretor de Registro e Transferência, Reynaldo Buzzoni, e dirigentes do Vitória, foram adulterados. As mensagens eletrônicas foram utilizadas pelo Inter para tentar reabrir o processo sobre a inscrição irregular do zagueiro Victor Ramos e, com isso, tirar pontos do time baiano e evitar o rebaixamento.
Na época, a CBF negou que tivesse a intenção de acusar o Inter de falsificação de documentos. Alegou, porém, que os e-mails supostamente adulterados faziam parte do processo e pediu ao STJD que eles fossem legitimados e, caso a falsificação fosse comprovada, que o caso fosse levado para investigação no Ministério Público do Rio de Janeiro.
Reynaldo Buzzoni é peça chave no imbróglio jurídico entre CBF e Inter (Foto: Reprodução / SporTV)
O Colorado, por sua vez, chegou a ingressar com pedido de "suspeição" à investigação. A reclamação inicial do departamento jurídico do clube teve a ver com o sorteio do auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva para conduzir o procedimento. O Inter contestava a manutenção do auditor por sua ligação com a CBF, uma das partes interessadas no inquérito. A contestação, porém, não foi reconhecida.
Sem sucesso no âmbito nacional, o Inter recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). Na terça-feira, o Tribunal suspendeu a audiência para decidir se teria competência para analisar a matéria. A resposta, menos de 48 horas depois, foi "não". Ou seja, o TAS não aceitou nem mesmo analisar a matéria, o que encerrou a luta colorada para permanecer na Série A no tapetão. Ao GloboEsporte.com, o presidente Marcelo Medeiros confirmou que o clube encerrou os esforços nesse sentido e descartou a possibilidade de voltar a recorrer.
Sem sucesso no âmbito nacional, o Inter recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). Na terça-feira, o Tribunal suspendeu a audiência para decidir se teria competência para analisar a matéria. A resposta, menos de 48 horas depois, foi "não". Ou seja, o TAS não aceitou nem mesmo analisar a matéria, o que encerrou a luta colorada para permanecer na Série A no tapetão. Ao GloboEsporte.com, o presidente Marcelo Medeiros confirmou que o clube encerrou os esforços nesse sentido e descartou a possibilidade de voltar a recorrer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário