Árbitro Almir Camargo entrega à Federação de Futebol do DF relato oficial do duelo entre Gama e Brasiliense; documento será usado para punir envolvidos na briga
O árbitro do clássico entre Gama e Brasiliense, Almir Camargo, entregou no início da noite desta segunda-feira à Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) a súmula da partida, marcada por briga generalizada entre jogadores, integrantes das comissões técnicas dos dois times e torcedores. No documento, são citados detalhes da batalha campal que tomou conta do Estádio Bezerrão, arremessos de objetos das arquibancadas e informações sobre o esquema de segurança. O árbitro também confirma que, apesar de não ter mostrado os cartões em campo, expulsou diretamente 10 jogadores por conta da confusão: seis do Gama e quatro do Brasiliense.
A súmula será o principal documento usado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do DF (TJD-DF) para punir os envolvidos na briga. Podem ser suspensos jogadores, integrantes das comissões técnicas, além de perdas de campo para o mandante do jogo, Gama.
10 JOGADORES EXPULSOS
Súmula do jogo entre Gama e Brasiliense cita detalhes da briga em campo (Foto: Reprodução)
Apesar de não ter distribuído nenhum cartão durante a partida, Almir Camargo confirmou na súmula que foram expulsos 10 jogadores por conta da briga. Segundo o árbitro, os cartões não foram mostrados em campo por conta da insegurança durante a confusão.
No lado do Gama, foram seis cartões vermelhos. Do time titular, o lateral-direito Dudu Gago, o goleiro Maringá, o atacante Roberto Pitio e o volante Emerson, além de dois suplentes: Paulinho e Raoni.
Já no Brasiliense, foram quatro expulsos: o atacante Nunes, do time titular, além dos suplentes Gabriel, Elcarlos e Nikael.
Em um documento anexo à súmula, o árbitro detalha o envolvimento de cada um dos atletas expulsos na briga. Também cita a participação do auxiliar técnico Guto, do Brasiliense, que é ex-goleiro do time. Outro relatado por Almir Camargo é o gandula Bruno Antônio, que chuta uma bola e acerta o rosto do atacante Luquinhas, do Brasiliense.
SOCOS, VOADORA, SOLADA...
Em ordem cronológica, o relatório do árbitro cita os principais confrontos entre atletas. Primeiramente, destaca que a confusão começou após Nunes atingir Dudu Gago com o braço em uma dividia de bola aos 43 minutos do segundo tempo.
Na agressão mais violenta relatada por Almir Camargo, o atacante reserva do Brasiliense, Elcarlos, é acusado de dar uma voadora nas costas de Raoni, do Gama. O próprio Raoni e Paulinho, por sua vez, segundo o árbitro, acertaram chutes em Nunes.
Jogadores de Gama e Brasiliense entraram em confronto no campo (Foto: Douglas Oliveira / Gama)
A súmula indica ainda que Nunes desferiu um soco no rosto de Dudu Gago. Já o lateral do Gama é acusado de atingir com uma cabeçada o volante reserva Gabriel, do Jacaré.
Um dos artilheiros do Candangão, o atacante do Gama, Roberto Pitio, é citado por acertar um soco no rosto do lateral Patrick, do Brasiliense. Já o único membro de comissão técnica relatado, Guto, aparece por acertar um soco no volante Eduardo do Gama, além de ter sido atingido depois também por um soco do goleiro alviverde Maringá.
BRIGA ENTRE TORCEDORES É RESUMIDA
Torcedores dos dois times invadiram o campo e também entraram em confronto (Foto: Douglas Oliveira / Gama)
Na súmula, o árbitro também relata que, enquanto a polícia tentava acalmar os ânimos entre atletas e membros das comissões técnicas, a situação ficou ainda mais tensa com a invasão de torcedores ao campo. De forma resumida, Almir Camargo cita que torcedores do Gama arrancaram uma faixa da torcida do Brasiliense, iniciando violento confronto.
O árbitro confirma então que, após a polícia usar bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os torcedores, o trio do apito deixou o campo e deu por encerrada a partida. Ainda segundo Camargo, o efetivo de PMs em campo era de apenas 13, além de três seguranças particulares que ficaram no portão de entrada.
OBJETOS LANÇADOS EM CAMPO
Na súmula, o árbitro ainda duas ocorrências de objetos arremessados em campo das arquibancadas, o que pode prejudicar ainda mais a situação do Gama. Primeiramente, foram lançadas quatro garrafas de água mineral no campo após o gol dos donos da casa. Segundo Almir Camargo, elas não atingiram ninguém e não foram identificados os torcedores responsáveis.
Já ao fim do jogo, quando a equipe de arbitragem deixava as dependências do estádio escoltada por policiais, Camargo relata que foi arremessada uma lata de cerveja por um torcedor do Gama, que também não chegou a atingir ninguém.
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