quinta-feira, 16 de março de 2017

Lado a lado: sobreviventes participam de treino da Chape para pegar Lanús

Follmann, Neto e Alan Ruschel fazem atividades no gramado da Arena Condá enquanto Mancini cuida dos últimos detalhes para duelo com argentinos, quinta-feira

Passado, presente e futuro da Chapecoense unidos no gramado da Arena Condá. Um jogo de Libertadores por si só já torna todo ambiente especial, mas o elenco comandado por Vagner Mancini tem razões ainda maiores para entrar motivado na partida contra o Lanús, na noite de quinta-feira, depois do treinamento desta quarta. Isso porque Neto, Follmann e Alan Ruschel pela primeira vez trabalharam em conjunto com a nova Chape.
Neto, Follman e Alan Ruschel treinam com grupo em Chapecó (Foto: Sirli Freitas / Chapecoense)Neto, Follmann e Alan Ruschel participam de trabalho em Chapecó (Foto: Sirli Freitas / Chapecoense)
 Enquanto Mancini cuidava dos últimos detalhes para o confronto com os argentinos pela segunda rodada do Grupo 7, o trio de sobreviventes de 29 de novembro dava prosseguimento ao trabalho de recuperação na beira do gramado. Exemplo bem ao lado para que a Chapecoense não meça esforços para presentear o torcedor com vitória na primeira partida em casa pela Libertadores na história:
 - Representa muito. Representa superação, que não podemos de maneira alguma deixar um centímetro do campo sem estar ocupado. Vê-los no canto do campo fazendo seus exercícios faz com que visualizemos que toda dificuldade deve ser superada. Deparamos com elas no dia a dia, mas buscamos soluções. Vamos enfrentar as dificuldades com determinação, garra - disse Vagner Mancini.
 O treinador falou ainda da evolução da Chape desde o início da temporada, em 6 de janeiro, tanto técnica quanto psicologicamente, e lembrou que a tragédia que vitimou o elenco campeão da Copa Sul-Americana precisa ser o combustível em cada partida.
 Hoje, estamos muito mais fortes do que no início do ano. Ao longo do processo, muita coisa aconteceu e aprendemos. Temos uma equipe que melhorou muito quando teve que jogar Libertadores. Temos o fator superação. Temos que saber como usar de forma significativa tudo que aconteceu. Pode usar e se abater ou se superar. Nos superamos.
 Para pegar o Lanús, a Chape tem apenas uma alteração em relação ao time que venceu o Zulia, semana passada, na Venezuela: Rossi entra na vaga de Arthur Kayke. Com três pontos, dois gols marcados e um de saldo, o clube lidera o Grupo 7 da Libertadores.
Confira a íntegra da coletiva:
 Arena Condá
Estrear em casa na Libertadores representa muito, não só para todos nós envolvidos no clube, mas para cidade. A torcida está muito ansiosa para ver o time jogar, ainda mais depois de uma vitória fora de casa na estreia. Existem jogos onde não há tanta necessidade de chamar a atenção do atleta, e esse é um desses. Mas temos que ressaltar que vamos enfrentar o campeão argentino, um time que tem tido muito sucesso. Estamos confiantes de convictos de que podemos fazer um bom jogo.
Vagner Mancini Chapecoense (Foto: Cahê Mota)Vagner Mancini concedeu entrevista
em Chapecó (Foto: Cahê Mota)
 Time titular
A volta do Rossi é natural em função da coerência, mas o Arthur foi muito bem e é uma opção.
 Adversário
Espero que o Lanús marque pressão, marque adiantado. É uma forma de futebol muito agressiva, embora esse time do Lanús goste da bola, goste de tocar. Tem talentos individuais, mas vai muito bem em termos coletivos. A Chapecoense não pode deixar que o Lanús marque na frente. Vamos ter que fazer um duelo. A Libertadores une escolas diferentes, mas acostumadas a rivalizar e vai levar vantagem quem souber fazer a leitura mais cedo.
 Tropeço do Lanús
Ganhando ou perdendo, sabíamos que o Lanús seria difícil. É o vencedor do último Campeonato Argentino. No primeiro jogo, o Nacional foi surpreendente. O Lanús jogou menos do a gente por conta da greve na Argentina.
 Características do Lanús
Leandro Silva de um lado tem muita força física, gosta do um contra um. Já o Acosta é mais leve. O Sand no meio é um pivô que é preciso ter muita marcação, é preciso ter um cuidado nos meias. Então, há um desenho tático. O Acosta pode desequilibrar o jogo e merece uma marcação acirrada. É um jogo de xadrez quando você pega uma equipe de categoria do outro lado.
 Guerra?
A Chapecoense não pode entrar em campo só para jogar futebol, é uma guerra também. Uma guerra no bom sentido. Quem souber impor a tática no jogo, vai levar vantagem.

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