O novo estatuto da CBF, aprovado nesta quinta-feira, permite a Marco Polo Del Nero ficar na presidência da entidade por mais dez anos. De acordo com o estatuto, o presidente pode ser reeleito uma vez – mas as regras só passam a valer a partir da próxima eleição.
Ou seja: Marco Polo Del Nero pode se candidatar a presidente em 2019 (quando termina seu atual mandato) e tentar a reeleição em 2023. Em 2027, Del Nero não poderia tentar a reeleição.
Outra mudança no estatuto é o aumento do poder eleitoral das federações estaduais. O colégio eleitoral da entidade é formado pelas 27 federações, os 20 clubes da Série A e os 20 clubes da Série B.
Para driblar a maioria dos clubes, a CBF estabeleceu que os votos das federações estaduais terão peso 3, os votos dos clubes das Séries A terão peso 2. E os clubes da Série B terão peso 1. Na prática, se as 27 federações estaduais votarem no mesmo candidato, elas terão 81 votos. Se os clubes se unirem, terão 60 votos.
Walter Feldman, secretário-geral da CBF, afirmou ao blog que a nova fórmula torna as eleições "mais democráticas".
– O Brasil tem 1.117 clubes, 700 deles profissionais. E eles são representados pelas federações. Dar mais peso para os clubes das Séries A e B seria um passo na direção da elitização – disse o cartola.
Os clubes são participam das "assembleias-gerais eleitorais". As reuniões como a desta quinta-feira são as "assembleias-gerais administrativas" e delas só participam as federações estaduais.
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