Tribunal pleno diminui multa, mas tira direito a torcida visitante dos dois clubes, que também ficarão proibidos de vender ingressos para organizadas nos próximos jogos
Flamengo e Palmeiras tentaram a absolvição, mas foi a Procuradoria que levou a melhor no Pleno do STJD. Os clubes buscaram atenuar a pena, pediram absolvição no tribunal, mas os auditores preferiram aplicar pena alternativa e, na tentativa de impedir acesso de organizadas, restringem acesso de público em jogos dos cariocas e dos paulistas.
Para o duelo direto, dia 14 de setembro, o Palmeiras não vai poder vender ingresso para o espaço destinado a organizadas – setor Gol Norte – e será proibida a venda da carga de 10% destinado ao setor de visitantes para os rubro-negros, conforme decisão do tribunal do STJD.
O pleno do STJD não aceitou os argumentos dos clubes e ampliou as sanções, embora sem punir as duas equipes com perda de mando de campo.
- A torcida do Flamengo pode se quiser, porque é consumidor, comprar ingresso e ir ao jogo, o que nos preocupa pela questão da segurança. Agora, vamos ter que estudar como cumprir essa decisão de 20% menor capacidade. Até falei disso aos auditores. Apesar da boa intenção, a decisão acaba limitando público no estádio. Permite que compareça, mas em número menor. Se o alvo era a organizada, bastava impedir a entrada de alguma maneira das organizadas, mas estabelecer um clarão no meio da torcida limita o acesso do público e a receita dos times - disse o vice-presidente jurídico do Flamengo, Flávio Willeman.
O julgamento é referente à briga generalizada de torcedores no jogo entre as duas equipes, no dia 5 de junho, em Brasília (4 a 2 para os palmeirenses). As medidas começam a valer daqui a 10 dias - não valerão para a próxima rodada do Campeonato Brasileiro. O que significa que a primeira partida válida é a que envolve o atual líder e o vice-líder da competição – na Arena Palmeiras, em São Paulo.
Para o duelo direto, dia 14 de setembro, o Palmeiras não vai poder vender ingresso para o espaço destinado a organizadas – setor Gol Norte – e será proibida a venda da carga de 10% destinado ao setor de visitantes para os rubro-negros, conforme decisão do tribunal do STJD.
O pleno do STJD não aceitou os argumentos dos clubes e ampliou as sanções, embora sem punir as duas equipes com perda de mando de campo.
- A torcida do Flamengo pode se quiser, porque é consumidor, comprar ingresso e ir ao jogo, o que nos preocupa pela questão da segurança. Agora, vamos ter que estudar como cumprir essa decisão de 20% menor capacidade. Até falei disso aos auditores. Apesar da boa intenção, a decisão acaba limitando público no estádio. Permite que compareça, mas em número menor. Se o alvo era a organizada, bastava impedir a entrada de alguma maneira das organizadas, mas estabelecer um clarão no meio da torcida limita o acesso do público e a receita dos times - disse o vice-presidente jurídico do Flamengo, Flávio Willeman.
O julgamento é referente à briga generalizada de torcedores no jogo entre as duas equipes, no dia 5 de junho, em Brasília (4 a 2 para os palmeirenses). As medidas começam a valer daqui a 10 dias - não valerão para a próxima rodada do Campeonato Brasileiro. O que significa que a primeira partida válida é a que envolve o atual líder e o vice-líder da competição – na Arena Palmeiras, em São Paulo.
Julgamento do STJD sobre Flamengo e Palmeiras (Foto: Chris Mussi)
Anteriormente, o Flamengo havia sido punido também com a perda de um mando de campo - já cumprida, no duelo com o Fluminense, em Natal. O clube recorria apenas da multa, para a qual conseguiu efeito suspensivo. Também com recurso para suspender a punição, o Palmeiras não cumpriu nem a multa (de R$ 80 mil, que caiu para R$ 60 mil) nem a sanção anterior, de um jogo em campo a 100 km de distância de sua casa e com portões fechados.
Em comum, as duas equipes vão precisar coibir a presença de organizada e de qualquer menção a elas em 10 partidas. O Palmeiras foi punido com mais jogos – cinco em casa com setor de organizadas fechado (o que corresponde a 20% da capacidade total do estádio), cinco como visitante sem direito aos seus 10% de carga para sua torcida e mais R$ 60 mil de multa.
- O Palmeiras entende que por tudo que faz para combater a violência das torcidas, a absolvição seria o caminho. Mas também é dar recado negativo para o que a gente tem feito. Por outro lado, a gente entende que o Tribunal está tentando punir os reais autores. É decisão diferente. Vamos ver se surge efeito - disse André Sica, advogado do clube <del>paulista</del>.
Ao Rubro-Negro, a pena é de três jogos com restrição de venda de ingressos em 20% da capacidade do estádio como mandante. Além disso, mais três partidas sem ter direito aos seus 10% de carga para sua torcida e mais R$ 30 mil de multa.
Entenda o caso
Na partida em Brasília, o árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva relatou na súmula que houve atraso de 12 minutos no início do segundo tempo devido a gás de pimenta espalhado no campo. O recurso foi utilizado pela segurança privada do estádio para conter um princípio de tumulto entre as torcidas na parte externa do estádio Mané Garrincha.
Nas imagens incluídas na denúncia, é possível ver torcedores arremessando cadeiras e mesas contra os policiais, que revidaram com bombas de efeito moral e spray de pimenta. Houve feridos, e um flamenguista ficou em estado grave.
Nas imagens incluídas na denúncia, é possível ver torcedores arremessando cadeiras e mesas contra os policiais, que revidaram com bombas de efeito moral e spray de pimenta. Houve feridos, e um flamenguista ficou em estado grave.
Confira a punição de cada clube:
Flamengo: três jogos sem direito a torcida visitante; três jogos sem torcida organizada e 20% do estádio fechado como mandante; 10 jogos sem qualquer representação de torcidas organizadas (faixas, camisas, bandeiras etc); multa de R$ 30 mil.
Palmeiras: cinco jogos sem direito a torcida visitante; cinco jogos sem vender ingressos para o setor Gol Norte, habitualmente onde ficam as torcidas organizadas; 10 jogos sem qualquer representação de torcidas organizadas (faixas, camisas, bandeiras etc); multa de R$ 60 mil.
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