Ex-dirigente, que comandou o clube entre 2009 e 2014, é excluído por unanimidade e se torna o primeiro ex-presidente alvinegro em toda a história a ser expulso do clube
Assumpção trouxe Seedorf, mas deixou o clube atolado em dívidas (Foto: Fernando Soutello / Agif)
Agora é definitivo. Em decisão unânime na noite desta terça-feira, o ex-presidente Maurício Assumpção foi excluído do quadro social do Botafogo. A comissão julgou pertinente o parecer apresentado pelo Departamento Jurídico que apontou irregularidades da gestão anterior. A denúncia foi montada por Domingos Fleury, vice jurídico do Alvinegro, e teve como base, entre outras acusações, de improbidade administrativa, prejuízo ao patrimônio do clube, favorecimento a amigos e empréstimo sem destino especificado.
Procurado pela reportagem do GloboEsporte.com, Maurício Assumpção não quis comentar a decisão.
- Ainda não fui informado pelo meu advogado. Não tenho nada a falar. Nada a falar sobre esse assunto - disse o ex-presidente do Botafogo.
Na semana passada, o advogado de Maurício Assumpção apresentou documentos e fez a defesa oral. Em sua defesa, Maurício Assumpção alegou desconhecimento das infrações e culpou outros setores do clube. O ex-dirigente, no entanto, não esteve presente. Assumpção presidiu o Botafogo em dois mandatos, entre 2009 e 2014. Os maiores feitos de sua gestão foram os títulos cariocas de 2010 e 2013, além de levar o Botafogo de volta à Libertadores após 19 anos. O dirigente também fez barulho ao contratar o holandês Clarence Seedorf, em 2012. No entanto, ele deixou o clube atolado em dívidas, com oito meses de salários atrasados de jogadores e funcionários.
Segundo a Comissão Julgadora, foram vários os motivos para a exclusão de Maurício Assumpção. Foram citados atos de improbidade administrativa, como a utilização de R$ 500 mil para pagar antecipadamente a empresa da família dos ex-dirigentes. Maurício também foi acusado de nao pagar direitos trabalhistas que resultaram na saída de jogadores, a exclusão do ato trabalhista durante sua gestão e a omissão em cobrar prejuízos causados ao Botafogo pelo ex-presidente Bebeto de Freitas na ordem de R$ 1,5 milhão.
Maurício Assumpção é desafeto do presidente Carlos Eduardo Pereira (Foto: Thiago Pinheiro )
A Comissão Julgadora será desfeita, e o veredito é final. Caso queira recorrer da decisão, Maurício Assumpção terá que solicitar ao Conselho Deliberativo um novo julgamento. O processo começou em outubro do ano passado, quando o presidente Carlos Eduardo Pereira, seguindo norma do Regimento Disciplinar do Botafogo, nomeou três três associados para a Comissão Julgadora: Mag Carvalho Paletta (presidente), Alessandro Pereira Leite (relator) e Mauro Sodré Maia.
O processo disciplinar movido contra Maurício Assumpção pelo Conselho Diretor do Botafogo não tem relação com a auditoria externa contratada pelo clube em janeiro. A empresa Ernst & Young vai auditar processos, documentações e contas da instituição relativas aos seis anos de sua gestão. O ex-mandatário teve suas contas do ano fiscal de 2014 reprovadas pelo Conselho Deliberativo. Em junho, em reunião do Conselho Deliberativo, o presidente Carlos Eduardo Pereira revelou que a auditoria revelou superfaturamento na compra do volante Renato, hoje no Santos. O resultado deste procedimento pode ser uma ação penal contra Assumpção.
O processo disciplinar movido contra Maurício Assumpção pelo Conselho Diretor do Botafogo não tem relação com a auditoria externa contratada pelo clube em janeiro. A empresa Ernst & Young vai auditar processos, documentações e contas da instituição relativas aos seis anos de sua gestão. O ex-mandatário teve suas contas do ano fiscal de 2014 reprovadas pelo Conselho Deliberativo. Em junho, em reunião do Conselho Deliberativo, o presidente Carlos Eduardo Pereira revelou que a auditoria revelou superfaturamento na compra do volante Renato, hoje no Santos. O resultado deste procedimento pode ser uma ação penal contra Assumpção.
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