Na Cadeia:Jogador Brasileiro é Acusado de Estupro,Carcere Privado Tortura e Agressão

Meia de 24 anos, que negociava retorno ao Ceará, é acusado pela namorada, Ana
Beatriz Azevedo, 20 anos, grávida de três meses, de cárcere privado e agressões

Wescley, meia que tem passagem no Ceará (Foto: Divulgação/Cearasc.com)

Depois de ser denunciado por agressão pela namorada, Ana Beatriz Azevedo, o jogador Wescley, que negociava seu retorno ao Ceará, será indiciado por tortura, estupro e lesão corporal pela Polícia, de acordo a Delegacia de Defesa da Mulher em Fortaleza. Segundo a delegada do caso, Rena Moura, a Polícia já emitiu notificação ao meia, que será ouvido nos próximos dias. Caso não compareça à delegacia, ele pode ter prisão preventiva decretada. 

– Estamos iniciando a apuração dos fatos. A princípio, a vítima denunciou tortura, estupro e lesão corporal. Agora, estamos tentando localizar o jogador. Mas, infelizmente, ainda não conseguimos. O Ceará afirmou que ele não é jogador (oficialmente). Ela (Ana Beatriz Azevedo) narrou que estava em cárcere, muito lesionada. Apresentou testemunha dos fatos. E o inquérito policial será instaurado. Ela já se submeteu a exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) que são compatíveis com lesões que ela imputa a ele – explicou a delegada em entrevista ao GloboEsporte.com na tarde desta quarta (1º).

O caso repercutiu em Fortaleza no último sábado. Wescley, 24 anos, foi acusado de ter agredido Ana Beatriz Azevedo, 20 anos, grávida de três meses. Segundo uma prima da namorada do jogador, o caso teria ocorrido entre o fim da noite de sexta e o início da manhã de sábado, no apartamento do casal, na capital cearense. O motivo da ação, de acordo com a parente da jovem, teria sido a criação de um perfil numa rede social. O Boletim de Ocorrência contra o jogador foi registrado na manhã de sábado pela namorada, na Delegacia de Defesa da Mulher. 

– Ela chegou à casa da minha avó chorando muito, com queixo inchado e marcas no pescoço. Foi por ciúme. Ele descobriu que ela tinha perfil numa rede social e não queria que tivesse. Aí começou a bater nela – explicou a prima da vítima, que preferiu não se identificar. 

Em entrevista ao GloboEsporte.com/ce, o presidente do Ceará, Robinson de Castro, explicou a postura do clube em relação ao jogador, que já treinava no clube, mas ainda não havia sido anunciado.

– O Ceará não é parte do processo, não julga ninguém. O clube já se colocou à disposição das partes para ajudar no que for necessário, para tentar conciliar a situação com relação ao atleta. Ainda não tivemos oportunidade de conversar com ele para ver se tem cabeça para jogar aqui. Com relação aos atos, se ele jogar ou não no Ceará, ele responderá por isso. Não conhecemos o processo, não conhecemos o caso, não somos juízes. Se alguém errou, que pague pelo que errou. Agora, preciso saber das condições que ele tem para voltar a trabalhar. Se não tiver condições, aí vamos ver as possibilidades. Se ele for culpado, não será condenado a deixar de trabalhar – disse o mandatário.