Decisivo na fase decisiva, centroavante passou em branco neste domingo, mas não segurou a emoção após vencer o Nordestão: "Vencer com essa camisa é incrível"
Grafite faz história no Santa (Foto: infoesporte)
Mesmo levando uma vida confortável, com todo o luxo disponível no Catar, Grafite surpreendeu. Resolveu voltar ao Santa Cruz. Salário pomposo para as condições do clube, é verdade, mas bem abaixo do que ele poderia receber em outras equipes. O retorno não se deu só pelo fato da família da sua esposa ser tricolor, pelo Recife ter se tornado sua casa. Foi, também, para realizar um sonho: conquistar um título com a camisa coral. Feito realizado na tarde deste domingo, ao conquistar a Copa do Nordeste, diante do Campinense.
- Não tem como segurar a emoção. Minha volta para o Santa tinha esse objetivo. Precisava vencer um título jogando pelo Santa Cruz e consegui isso. Todo mundo está de parabéns. Agradeço o apoio dessa torcida maravilhosa, que sempre me apoiou – disse o jogador, que perdeu uma chance incrível no primeiro tempo da partida contra o Campinense.
Apesar da condição de ídolo, Grafite não tinha conquistado um título sequer nas suas passagens anteriores pelo Santa Cruz. Magrinho, com apenas 22 anos, tinha dificuldades para finalizar. Só marcou cinco gols, o último deles em um clássico contra o Sport, vencido na Ilha do Retiro, por 2 a 1. Problema que fez com que ele, algumas vezes, deixasse o Arruda vaiado. Nsegunda passagem, 11 gols marcados. Mas nenhum título.
Desde que voltou ao time, 13 anos depois, já com status de popstar, com apresentação em um helicóptero, ele insistia na tecla. "Quero conquistar um título pelo Santa, realizar um sonho". O jogador que viveu o auge com conquista da Libertadores da América e Mundial pelo São Paulo, Bundesliga pelo Wolfsburg, disputou Copa do Mundo pela seleção, voltou por gratidão ao Santa. Queria dar e não só receber. O Estádio Amigão foi o palco escolhido para a celebração. A Copa do Nordeste, um dos títulos mais importantes da história do clube, foi dado em troca pelo camisa 23.
- É uma sensação que não se explica. Jogo pelo Santa Cruz e sou torcedor do clube. Vencer com essa camisa é incrível. Vou comemorar duas vezes – brincou o centroavante.
Grafite conquista sua primeira medalha de ouro com a camisa coral (Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press)
O sonho de Grafite está realizado, é fato consumado. A conquista o coloca na galeria de ídolos do clube. Não há discussão. A Copa do Nordeste é inédita e as participações na Copa Sul-Americana de 2016 e 2017 também. O time nunca participara de uma competição chancelada pela Conmebol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário