Após cirurgia no joelho, Bruna Benites treina com o grupo permanente de
Vadão e projeta Jogos: "Não há motivação maior do que essa.
Fazer história dentro de casa"
A preparação seguia enérgica. Capitã da seleção brasileira no Sul-Americano e também na Copa Algarve, Bruna Benites ia para uma Copa do Mundo e um Pan vestindo a amarelinha. Mas o destino quis que um obstáculo se impusesse na vida profissional da atleta. Em um treino em Itu, em maio de 2015, ela sofreu uma entorse no joelho esquerdo. A partir daí, se iniciava um caminho de recuperação e acima de tudo aprendizado. Cirurgia e oito meses de tratamento. Os comentários sobre a regressiva para as competições foram substituídos pela luta por estar apta o mais rápido possível para voltar aos gramados. A frustração inicial perdeu espaço para o profissionalismo.
- No início de 2015, minha cabeça era toda voltada para o Mundial e para o Pan. Vínhamos trabalhando desde o início do ano para essa competição e ainda no dia que eu me machuquei a gente comentava sobre isso. Faltava um mês só. Nós ainda falávamos: "Falta só um mês. Agora contagem regressiva". Nesse dia eu acabei me machucando. Foi uma frustração muito grande porque eu me programei para aquilo. Trabalhei bastante junto com as meninas para poder estar no Mundial e de repente em alguns segundos eu vi tudo indo por água abaixo. Mas assim. É uma frustração que acontece no momento. Mas a gente precisa ser profissional a esse ponto de ser fria porque sabemos que pode acontecer. Infelizmente aconteceu comigo tão perto de uma competição importante. Só que a gente tem que se recuperar - disse Bruna Benites ao GloboEsporte.com.
Se duas competições importantes haviam ficado para trás, ela apostava que a próxima não ia escapar de suas mãos. As Olimpíadas, em agosto desde ano, serviram como motivação. Trabalhar sozinha não foi fácil. Fácil também não foi a rotina de dor física. O prêmio pelo esforço chegou com a volta à equipe permanente treinada por Vadão.
- O trabalho foi só em recuperar porque eu sabia que esse ano de Olimpíada também seria muito importante. Trabalhei bastante. Não foi fácil trabalhar sozinha com fisioterapia todos os dias, sentindo dor. Então é algo que a gente tem que fazer porque sei que é necessário e sei que vai valer à pena. Agora, tudo já passou, a parte ruim passou. Estou voltando graças a Deus a trabalhar nesse início de ano tão importante para a gente porque sabemos que é uma competição que pode escrever nosso nome na história. Agora eu só tenho gratidão pelo meu tratamento, por ter dado tudo certo. Agradecer também a toda comissão técnica que me deu apoio, às meninas que me deram suporte. Agora o pensamento é somente Olimpíada e melhorar a cada dia.
A titularidade no time não foi a única coisa perdida por Bruna. A lesão acabou fazendo com que ela perdesse também a braçadeira justamente para Marta, camisa 10 e cinco vezes melhor do mundo. Mostrando o espírito que a fez ser uma das líderes da nova fase da seleção feminina, ela garante que o objetivo é assegurar novamente a posição entre as 11. Quanto ao posto de capitã, ela deixa a cargo do treinador.
- No início de 2015, minha cabeça era toda voltada para o Mundial e para o Pan. Vínhamos trabalhando desde o início do ano para essa competição e ainda no dia que eu me machuquei a gente comentava sobre isso. Faltava um mês só. Nós ainda falávamos: "Falta só um mês. Agora contagem regressiva". Nesse dia eu acabei me machucando. Foi uma frustração muito grande porque eu me programei para aquilo. Trabalhei bastante junto com as meninas para poder estar no Mundial e de repente em alguns segundos eu vi tudo indo por água abaixo. Mas assim. É uma frustração que acontece no momento. Mas a gente precisa ser profissional a esse ponto de ser fria porque sabemos que pode acontecer. Infelizmente aconteceu comigo tão perto de uma competição importante. Só que a gente tem que se recuperar - disse Bruna Benites ao GloboEsporte.com.
Se duas competições importantes haviam ficado para trás, ela apostava que a próxima não ia escapar de suas mãos. As Olimpíadas, em agosto desde ano, serviram como motivação. Trabalhar sozinha não foi fácil. Fácil também não foi a rotina de dor física. O prêmio pelo esforço chegou com a volta à equipe permanente treinada por Vadão.
- O trabalho foi só em recuperar porque eu sabia que esse ano de Olimpíada também seria muito importante. Trabalhei bastante. Não foi fácil trabalhar sozinha com fisioterapia todos os dias, sentindo dor. Então é algo que a gente tem que fazer porque sei que é necessário e sei que vai valer à pena. Agora, tudo já passou, a parte ruim passou. Estou voltando graças a Deus a trabalhar nesse início de ano tão importante para a gente porque sabemos que é uma competição que pode escrever nosso nome na história. Agora eu só tenho gratidão pelo meu tratamento, por ter dado tudo certo. Agradecer também a toda comissão técnica que me deu apoio, às meninas que me deram suporte. Agora o pensamento é somente Olimpíada e melhorar a cada dia.
A titularidade no time não foi a única coisa perdida por Bruna. A lesão acabou fazendo com que ela perdesse também a braçadeira justamente para Marta, camisa 10 e cinco vezes melhor do mundo. Mostrando o espírito que a fez ser uma das líderes da nova fase da seleção feminina, ela garante que o objetivo é assegurar novamente a posição entre as 11. Quanto ao posto de capitã, ela deixa a cargo do treinador.
Bruna Benites em treino da seleção brasileira feminina na Granja Comary (Foto: Cíntia Barlem)
- Eu estaria mentindo. Todo mundo quer jogar. É lógico que é importante estar no grupo, importante ajudar, mas um atleta que não tem a ambição de estar lá dentro é complicado. Eu estou tentando fazer as coisas, um passo de cada vez para que aí sim possa ir gradativamente. Mas eu estou me esforçando ao máximo para recuperar a posição. Eu acho que o fato de ser capitã é uma decisão da comissão técnica e independentemente da braçadeira ou não eu não vou mudar minha postura dentro de campo. Acho que agora o importante é fazer tudo bonitinho para que eu possa dar dor de cabeça para o professor - afirmou.
Agora recuperada, Bruna Benites pode novamente voltar a pensar na tão sonhada medalha de ouro olímpica que ainda falta à seleção feminina - são duas de prata até o momento. A motivação vem de longe em busca da conquista em casa. Na eliminação em Londres, em 2012, em que ela estava presente, a palavra de ordem já era focar em 2016 e assegurar a conquista com o estádio cheio um cenário diferente para a rotina do futebol feminino no país. Cenário, aliás, que ela espera alterar com um desejado triunfo nos Jogos.
- Quando nós fomos eliminadas na Olimpíada de Londres, todo mundo sofreu muito. A gente sabia que existia uma grande possibilidade, a gente sabia que tínhamos feito um bom trabalho, mas infelizmente não deu certo. Desde então, todas as nossas atenções, todas as nossas expectativas foram voltadas para essa Olimpíada aqui dentro. Então sabemos que independentemente da evolução das outras equipes como Estados Unidos, Japão, França...nós temos uma força muito grande. A gente está trabalhando muito. Nós estamos fazendo coisas que antes não eram feitas. Temos a seleção permanente agora e aqui a gente tem todo esse suporte. Foi pensado em fazer essa seleção justamente porque a gente sabe da estrutura que é difícil no futebol feminino brasileiro. Os clubes algumas vezes não têm campo bom para treinar, a alimentação é difícil, suplementação. A gente veio para cá e está tendo tudo isso. Então acredito que tenha feito a diferença. Sentimos isso dentro de campo. Eu acho que jogar aqui dentro com a torcida empurrando, até porque o futebol feminino a gente vê os jogos vazios. Então só de pensar que nós vamos estar em um estádio lotado acho que já faz toda a diferença do mundo. Não há motivação maior do que essa, fazer história dentro de casa. Todo mundo ali para que as pessoas do nosso país possam ver que a gente tem qualidade aqui dentro, que a gente tem estrutura suficiente para fazer um futebol feminino forte. A minha expectativa é essa. Trazer benefícios para a nossa modalidade com essa medalha.
Agora recuperada, Bruna Benites pode novamente voltar a pensar na tão sonhada medalha de ouro olímpica que ainda falta à seleção feminina - são duas de prata até o momento. A motivação vem de longe em busca da conquista em casa. Na eliminação em Londres, em 2012, em que ela estava presente, a palavra de ordem já era focar em 2016 e assegurar a conquista com o estádio cheio um cenário diferente para a rotina do futebol feminino no país. Cenário, aliás, que ela espera alterar com um desejado triunfo nos Jogos.
- Quando nós fomos eliminadas na Olimpíada de Londres, todo mundo sofreu muito. A gente sabia que existia uma grande possibilidade, a gente sabia que tínhamos feito um bom trabalho, mas infelizmente não deu certo. Desde então, todas as nossas atenções, todas as nossas expectativas foram voltadas para essa Olimpíada aqui dentro. Então sabemos que independentemente da evolução das outras equipes como Estados Unidos, Japão, França...nós temos uma força muito grande. A gente está trabalhando muito. Nós estamos fazendo coisas que antes não eram feitas. Temos a seleção permanente agora e aqui a gente tem todo esse suporte. Foi pensado em fazer essa seleção justamente porque a gente sabe da estrutura que é difícil no futebol feminino brasileiro. Os clubes algumas vezes não têm campo bom para treinar, a alimentação é difícil, suplementação. A gente veio para cá e está tendo tudo isso. Então acredito que tenha feito a diferença. Sentimos isso dentro de campo. Eu acho que jogar aqui dentro com a torcida empurrando, até porque o futebol feminino a gente vê os jogos vazios. Então só de pensar que nós vamos estar em um estádio lotado acho que já faz toda a diferença do mundo. Não há motivação maior do que essa, fazer história dentro de casa. Todo mundo ali para que as pessoas do nosso país possam ver que a gente tem qualidade aqui dentro, que a gente tem estrutura suficiente para fazer um futebol feminino forte. A minha expectativa é essa. Trazer benefícios para a nossa modalidade com essa medalha.
Bruna Benites ao lado de Poliana em treino da seleção feminina (Foto: Cíntia Barlem)
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