Dirigente recebe 44 votos dos 55 eleitores que participaram do pleito. Presidente do Fla não comparece à assembleia, mas deixa documento com ideias para o futebol
Coronel Nunes é o novo vice da CBF (Foto: Cristino Martins/O Liberal)
Antônio Carlos Nunes, o coronel Nunes, é o novo vice-presidente da CBF. Candidato único na eleição desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, o atual mandatário da Federação Paraense de Futebol ganhou apoio maciço de federações e clubes das Séries A e B para assumir o posto deixado aberto por José Maria Marin, preso no dia 27 de maio em Zurique com outros seis dirigentes ligados à Fifa. Dos 67 votos possíveis, ele recebeu 44.
- Sinto-me honrado em ter a confiança do que fazem essa casa. Farei o possível para contribuir com humildade e experiência nesse momento. Farei do diálogo minha maior ferramenta no processo. Saberei ouvir e refletir antes de qualquer decisão - disse o novo vice da CBF.
A mesa do pleito foi presidida pelo presidente da Federação do Rio de Janeiro, Rubens Lopes. Os quatro vice-presidentes da CBF estavam presentes, entres eles Delfim de Pádua Peixoto. O mandatário da Federação Catarinense mostrou-se contrariado com a realização da eleição, que chegou a correr o risco de não ser realizada nesta quarta-feira.
A mesa do pleito foi presidida pelo presidente da Federação do Rio de Janeiro, Rubens Lopes. Os quatro vice-presidentes da CBF estavam presentes, entres eles Delfim de Pádua Peixoto. O mandatário da Federação Catarinense mostrou-se contrariado com a realização da eleição, que chegou a correr o risco de não ser realizada nesta quarta-feira.
Delfim entrou com uma ação na Justiça e conseguiu uma liminar suspendendo a votação desta quarta-feira. O departamento jurídico da CBF perdeu o primeiro recurso, mas na véspera da votação conseguiu cassar a liminar, garantindo a realização do pleito. O opositor de Del Nero seguirá com o processo e deverá agora tentar impugnar a posse do novo vice da CBF.
Rubens Lopes comanda eleição pra vice-presidente da CBF. Delfim Peixoto é o segundo à esquerda (Foto: Vicente Seda)
Dos 67 votos possíveis, além dos 44 a favor de coronel Nunes, a confirmação do dirigente como vice da CBF recebeu três negativas, três eleitores preferiram deixar a cédula em branco, cinco abstenções e 12 não compareceram ao processo eleitoral realizado na sede da entidade, na Barra da Tijuca.
O Flamengo, por exemplo, não votou. O presidente do clube rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello, esteve na sede da CBF na parte da manhã. O dirigente entregou um documento que chamou de agenda mínima, com atitudes e medidas que considera que precisam ser tomadas para a melhoria do futebol brasileiro.
Após a confirmação de coronel Nunes, os presidentes de Federação e os 40 clubes das Séries A e B passaram a discutir algumas situações que ocorreram para a realização do pleito. O presidente da Federação Baiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, explicou como ocorreu a eleição e os pedidos feitos pelos eleitores.
- Por questões técnicas, quando a eleição foi convodada, não tínhamos o processo comprovando aquela renúncia (carta de José Maria Marin abrindo mão do cargo de vice da CBF) que surgiu apenas depois. A convocação deveria acontecer com o ato de renúncia junto. O Feijó (Gustavo, vice-presidente da entidade) esteve na CBF uma semana antes e o documento não foi exibido. As federações do Nordeste entregaram um pedido com ampla reforma estatutária.
Apesar de não ter tido amplo apoio da região Nordeste, Nunes admitiu que o futebol brasileiro precisa mudar em algumas situações.
- O momento é de reflexão. O futebol brasileiro precisa voltar a ser referência de vitórias, conquista, e sobretudo resgatar a confiança do torcedor brasileiro. Minha experiência de anos de futebol, entendo que este é o momento ideal de dividirmos essa responsabilidade. Quero agradecer a cada um dos senhores pelo respeito e credibilidade. Que todos juntos possamos começar a escrever e trilhar dias melhores para o futebol brasileiro.
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