Seleção de Vicente del Bosque embarca para Madri horas depois de amistoso contra a Bélgica ser abortado pelo governo local por conta de ameaça terrorista
Antes de deixar a Bélgica, o técnico Vicente del Bosque concedeu uma entrevista coletiva improvisada dentro do avião que levou a Roja de volta para Madri. O treinador - que havia se manifestado a favor da realização do amistoso - afirmou que, a partir do cancelamento do jogo, a comissão técnica tratou de acelerar a saída espanhola do país.
Seleção espanhola embarca de volta para Madri (Foto: Reprodução/Twitter)
- Desconhecemos os motivos, mas imaginamos, e devem ser muito fortes para suspender o jogo. É uma questão de segurança. O governo belga entendeu que não poderia garantir a segurança dos espectadores e a nossa, claro. Tomara que não haja mais nenhuma suspensão. Ninguém gosta disso, porque estamos aqui pelo esporte e para divertir as pessoas. Os jogadores estão tranquilos e queriam jogar, mas o quanto antes voltamos a Madri, melhor. Não tivemos problemas no hotel. Tentamos acelerar o retorno o máximo possível, e saímos o quanto antes, com tranquilidade - disse Del Bosque.
O governo belga teria elevado o risco de ameaça terrorista de dois para três na noite da última segunda-feira. Tudo por conta de Salah Abdeslam, francês que reside em Bruxelas e é considerado um dos suspeitos de arquitetar os atentados terroristas que deixaram 129 mortos e 350 feridos em Paris, na última sexta. A polícia belga esta à caça de Abdeslam, e o clima de medo tem assustado os habitantes da cidade - principalmente os vizinhos do bairro de Molenbeek, conhecido por ser a casa da comunidade islâmica na periferia de Bruxelas.
Ruas do centro que dão acesso a Molenbeek foram interditadas. Há muito trânsito, forças especiais anti-terrorismo, cães da policia e seguranças privados por toda a cidade, com especial atenção para o bairro europeu, onde se concentram as sedes das instituições, e para o estádio. Muitos bares e restaurantes do centro não ficaram lotados, como normalmente acontece, porque algumas pessoas optaram por ficar o menor tempo possível fora de casa.
A federação belga já temia que, por isso, alguns torcedores desistissem de ir ao jogo. Fortes medidas de segurança seriam tomadas, e não seriam permitidas mochilas, nem bolsas (grandes ou pequenas), por exemplo. Todos os torcedores seriam obrigados a apresentar documento de identidade ou passaporte juntamente com o ingresso. No domingo, a seleção belga treinou no CT do Anderlecht e na ocasião todos os torcedores foram revistados da cabeça aos pés - inclusive as crianças tiveram de abrir os seus casacos perante os policiais, que quiseram se certificar que ninguém trazia coletes explosivos. Todos os jornalistas foram inspecionados, assim como seus carros, bolsas e material de vídeo.
Os atentados:
Na noite da última sexta-feira, 13, uma série de ataques terroristas deixou 129 mortos e mais de 350 feridos em regiões diferentes de Paris. O primeiro deles - de acordo com autoridades locais - ocorreu justamente durante um evento esportivo: o amistoso entre França e Alemanha, no Stade de France, que tinha entre seus espectadores o presidente francês, François Hollande.
Durante a transmissão da partida, puderam ser ouvidas de dentro do estádio três fortes explosões, que assustaram os fãs locais e causaram a retirada às pressas de Hollande do local. Os atos terroristas deixaram quatro mortos e 50 feridos em volta do estádio. Ao fim da partida, assustados com as notícias, milhares de torcedores se agruparam no gramado do Stade de France.
Minutos depois das explosões no estádio, outros atentados vieram à tona na capital francesa: atiradores abriram fogo no Bar La Belle Equipe (19 mortos e 13 feridos), na Casa de Shows Bataclan (70 mortos); no Bar Le Carillon (14 mortos); na Rua Beaumarchais (7 feridos); na Rua de la Fontaine au roi (5 mortos). O Estado Islâmico reivindicou a autoria dos atentados.
A federação belga já temia que, por isso, alguns torcedores desistissem de ir ao jogo. Fortes medidas de segurança seriam tomadas, e não seriam permitidas mochilas, nem bolsas (grandes ou pequenas), por exemplo. Todos os torcedores seriam obrigados a apresentar documento de identidade ou passaporte juntamente com o ingresso. No domingo, a seleção belga treinou no CT do Anderlecht e na ocasião todos os torcedores foram revistados da cabeça aos pés - inclusive as crianças tiveram de abrir os seus casacos perante os policiais, que quiseram se certificar que ninguém trazia coletes explosivos. Todos os jornalistas foram inspecionados, assim como seus carros, bolsas e material de vídeo.
Os atentados:
Na noite da última sexta-feira, 13, uma série de ataques terroristas deixou 129 mortos e mais de 350 feridos em regiões diferentes de Paris. O primeiro deles - de acordo com autoridades locais - ocorreu justamente durante um evento esportivo: o amistoso entre França e Alemanha, no Stade de France, que tinha entre seus espectadores o presidente francês, François Hollande.
Durante a transmissão da partida, puderam ser ouvidas de dentro do estádio três fortes explosões, que assustaram os fãs locais e causaram a retirada às pressas de Hollande do local. Os atos terroristas deixaram quatro mortos e 50 feridos em volta do estádio. Ao fim da partida, assustados com as notícias, milhares de torcedores se agruparam no gramado do Stade de France.
Minutos depois das explosões no estádio, outros atentados vieram à tona na capital francesa: atiradores abriram fogo no Bar La Belle Equipe (19 mortos e 13 feridos), na Casa de Shows Bataclan (70 mortos); no Bar Le Carillon (14 mortos); na Rua Beaumarchais (7 feridos); na Rua de la Fontaine au roi (5 mortos). O Estado Islâmico reivindicou a autoria dos atentados.
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