O São Paulo contratou o zagueiro Iago Maidana por R$ 2 milhões em setembro. A transação foi viabilizada pela empresa Itaquerão Soccer, que investiu na compra dos direitos econômicos para tirar o atleta do Criciúma. A Fifa, no entanto, proíbe desde 1º de maio de 2015 a participação de investidores em direitos econômicos. O jogador foi vendido e repassado ao Monte Cristo por R$ 400 mil. Dias, depois, o SP pagou R$ 2 milhões ao Monte Cristo. A Itaquerão Soccer admite ter negociado com o clube do Morumbi desde quando o jogador pertencia ao Criciúma. Já Aidar diz que o São Paulo não sabia que Iago pertencia ao Criciúma. Mauro Horita/AGIFO São Paulo foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após julgamento realizado nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro. O clube paulista, denunciado pelo tribunal pela contratação do zagueiro Iago Maidana, acabou multado em R$ 100 mil. O time corria o risco de ser até rebaixado.
Os artigos referentes ao Regulamento Nacional de Intermediários foram retirados de pauta por falta de competência do STJD e devem ser julgados no Comitê de Resolução de Litígios da CBF. Criciúma e Monte Cristo também foram multados em R$ 100 mil e Iago Maidana em R$ 10 mil. O Criciúma ainda recebeu uma advertência do STJD.
Iago Maidana, de 19 anos, foi contratado pelo São Paulo no dia 11 de setembro por R$ 2 milhões (com acréscimo de R$ 400 mil caso metas sejam cumpridas), depois de ser comprado do Criciúma por R$ 800 mil e passar dois dias registrado em um clube da terceira divisão de Goiás, o Monte Cristo.
Durante o julgamento, o relator do processo, Luiz Felipe Bulus, destacou a movimentação "incomum" do caso nos padrões conhecidos do futebol brasileiro. Bulus também disse que Maidana confirmou a participação da empresa Itaquerão Soccer nas transferências. Informação retirada do relatório da CBF. "Não parece crível que o São Paulo desconhecesse o vínculo do atleta com o Criciúma", afirmou.
"O caso representa tudo o que a Fifa e a CBF tentam evitar no futebol. Ficou nítido que se tinha um objetivo em questão. Vislumbrou-se a parte financeira, pois o atleta seria liberado ao final do ano. Não tem mais inocente no futebol. Todos são sabedores das regras", disse o procurador geral William Figueiredo.
Segundo o advogado do São Paulo, Roberto Armelin, o caso é emblemático e atraiu mais atenção do que o necessário. "O São Paulo pagou mais do que outros estavam propostos a pagar. Não sabíamos a multa. Fomos rápidos e no dia 15 de setembro se encerrava o prazo de inscrição. A coisa foi rápida por isso. Talvez seja essa a suspeita, mas não existe qualquer coisa", frisou Armelin.
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