São 88 dias desde confirmação de que jogador não seria utilizado em 2015 até a surpreendente entrevista coletiva de empresário, marcada para a tarde desta quinta
Fora dos planos, Kleber e Edinho assistem jogo do Grêmio (Foto: Reprodução / Instagram )
Esta quinta-feira será um dos dias mais importantes na relação de Kleber Gladiador com o Grêmio. Mesmo que não seja para selar a saída, a entrevista coletiva convocada pelo empresário Giuseppe Dioguardi tem status de "Dia D" na negociação para o adeus do atacante. A longa novela completa quase três meses nesta quinta-feira. Na quarta, ganhou um capítulo importante. Diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein afirmou que o clube suspendera as negociações para a rescisão "amigável" dada a dificuldade de um consenso. Chegou a citar pressão por parte do estafe do jogador. Situação que pode ter precipitado a quebra de silêncio do lado do atleta, até então calado enquanto treina separado, com contrato milionário até fim de 2016.
> O GloboEsporte.com recapitula os capítulos mais decisivos do caso:
01
veto de felipão
- Não teria problema nenhum com Kleber, mas não vai trabalhar no Grêmio - definiu.
Treinador e atacante já haviam tido atrito no final de 2011, quando estavam no Palmeiras, último clube antes do jogador chegar a Porto Alegre. Promessa cumprida à risca. Desde que retornou, o Gladiador jamais frequentou o ambiente do elenco principal.
"novos ares"
- Tenho mais dois anos de contrato com o Grêmio. A princípio, vou me reapresentar. Eu, particularmente, acho que para mim seria melhor outros ares. Até porque já foram dois anos e meio, infelizmente tive muitas lesões, três cirurgias que me atrapalharam muito. Se tiver que voltar, também, vou voltar e tentar buscar. Vamos ver o que vai acontecer - disse Kleber, na época.
Iniciou-se, aí, a procura por uma nova casa para o atacante. O Grêmio não contou muito com a disposição de Dioguardi, que sempre sustentou o discurso de que o atacante estava feliz no clube e iria cumprir suas obrigações. E não conseguiu nenhum clube para “recolocar seu ativo no mercado”, como usualmente se expressa o diretor executivo gremista.
Pelada Amigos do Damião x Amigos do Denilson, com Kleber Gladiador,
do Grêmio (Foto: Rodrigo Faber)
contrato vira quebra-cabeça
Desde então, o diretor executivo Rui Costa, principalmente, trabalha para definir o que seria feito do atacante. Segundo levantamento do GloboEsporte.com, Kleber custou ao clube R$ 27 milhões em três anos. O alto salário impediu novos empréstimos, o mercado se fechou. A partir daí, os contatos foram quase diários com o procurador do atleta para tentar a rescisão de contrato com anuência das duas partes.
Foram simulados cenários, propostas feitas e refeitas, conversas de advogados levadas adiante. Mas nada resolveu a dissolução do contrato até o final de 2016 entre Grêmio e Kleber. Houve um momento de otimismo, quando o Tricolor havia acertado o que fazer com os 50% dos direitos econômicos que estão sob o domínio do Cruzeiro. Mas nada que se concretizasse em saída.
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