terça-feira, 24 de março de 2015

Flu balança com rejeição, mas banca Drubsky como o novo treinador

Repercussão nas redes sociais quase trava contratação. Anúncio está previsto para esta terça. Diretoria também pensou em Argel Fucks, Ney Franco e Dorival Júnior

Em reunião que só terminou no início da madrugada desta terça-feira, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, e o vice de futebol Mário Bittencourt definiram que Ricardo Drubsky será o substituto de Cristóvão Borges no comando técnico tricolor. Decisão que por pouco não esbarrou na rejeição da torcida. A repercussão negativa ao nome do treinador nas redes sociais fez a diretoria balançar. A aposta, no entanto, será feita. O contrato deve ir até o fim do ano, e o anúncio está previsto para esta terça.  
O bombardeio dos tricolores fez a contratação subir no muro, e a direção pensou em outros três nomes: Argel Fucks, Ney Franco e Dorival Júnior. Porém, pesou a favor do ex-treinador do Vitória o fato de estar desempregado e não ter um salário considerado alto para o mercado. Na chegada, Drubsky terá o desafio de mostrar a capacidade de comandar um vestiário com três grupos diferentes - os atletas experientes, os contratados este ano e os jovens que subiram para o profissional em 2015. Além, claro, de encarar a resistência da torcida.
Ricardo Drubsky, treinador do Vitória (Foto: Raphael Carneiro) 
Ricardo Drubsky é o substituto de Cristóvão Borges no comando do time tricolor
 (Foto: Raphael Carneiro)

Argel Fucks, outra opção analisada, era uma negociação mais complicada por estar empregado pelo Figueirense. Sua pedida salarial assustou - cerca do dobro do que recebe em Santa Catarina. Outro nome sobre a mesa foi o de Ney Franco, que não era considerado um dos favoritos. Seus trabalhos recentes no Flamengo e no Vitória não contaram a seu favor. O treinador até aceitou reduzir a pedida salarial, mas não foi o escolhido.
Dorival Júnior também entrou em pauta. Era um nome que agradava, mas que também tinha seus contras. Alguns membros de sua comissão técnica não empolgam, além da recente lembrança de ter comandado o Fluminense na reta final da péssima campanha no Brasileiro de 2013.

A escolha de Ricardo Drubsky também passou pela preocupação de que se encaixe no orçamento. Após a aprovação da Medida Provisória da renegociação das dívidas dos clubes, as equipes precisam se enquadrar no chamado fair play financeiro. Quem atrasar salários ou direitos de imagem corre risco de punição, inclusive o rebaixamento no campeonato. 
Cristovão Borges, Fluminense x Tigres (Foto: André Mourão / Agência Estado) 
O empate com o Tigres no Maracanã foi o último ato de Cristovão no Flu 
(Foto: André Mourão / Agência Estado)
Depois de quase um ano no comando do time do Fluminense, Cristóvão Borges foi demitido nesta segunda-feira. Diante da decisão, o objetivo passou a ser encontrar o melhor custo-benefício para o clube.
- Passa por uma discussão ampla de valores, filosofia de trabalho. Desde o ano passado dissemos que seria um ano de reconstrução. A relação custo-benefício tem de ser boa para o Fluminense - afirmou o vice de futebol Mário Bittencourt em entrevista coletiva. 

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