Técnico afirma que papo com jogadores no intervalo, após primeiro tempo ruim, foi tranquilo e exalta participação de Nathan, que não havia ido bem contra a Argentina
De um primeiro tempo apagado, sem empolgar, para uma etapa final com cinco gols marcados. A mudança no rendimento da seleção brasileira sub-20 na vitória sobre o Peru por 5 a 0 não se deu a partir de uma bronca no intervalo. Segundo o técnico Alexandre Gallo, o trabalho foi feito no sentido de dar calma aos jogadores e mostrar que, após a primeira bola na rede, as coisas ficariam mais fáceis.
- Não houve bronca. Houve o entendimento de tudo que
acontece num Sul-Americano. Sabíamos que hoje nossa equipe tinha a necessidade
de vencer e fazer placar. O primeiro tempo foi muito quente, os jogadores
sentiram muito. Nós sabíamos que na hora que fizéssemos o primeiro gol, o Peru
teria que abrir um pouquinho – explicou o treinador.
A conversa do treinador com o grupo foi confirmada pelo zagueiro Nathan Cardoso. Segundo ele, o papo foi para tranquilizar o time, que vinha de um primeiro tempo abaixo das expectativas.
-
A gente tinha que fazer o gol para ir atrás da classificação, mas não
podíamos ser ansiosos. Tínhamos que fazer o primeiro, para depois sair o
segundo gol. O Gallo falou para termos calma, não ficarmos ansiosos, que uma hora ia sair o gol, o time do Peru ia se abrir, e a gente ia fazer nosso futebol. Não teve bronca - relatou o defensor.
Gallo valorizou ainda a vitória elástica sobre o Peru. Para
ele, apesar de o adversário ser o lanterna do hexagonal do Sul-Americano, sem
ter pontuado ainda, o time andino conseguiu dificultar a partida.
- As pessoas só fazem a análise do que se pode fazer, mas
não de quem está jogando. As equipes (rivais) entram fechadas, em bloco
defensivo, nos dificultam, sim. Precisamos ter paciência, jogar um futebol, às
vezes, feio. Quando abrimos o adversário, acontece o que aconteceu.
Gallo prega paciência para a seleção brasileira sub-20 alcançar bons resultados
(Foto: Felipe Schmidt)
Ao contrário da derrota para a Argentina, quando não gostou
do rendimento de Gabriel e Nathan, que entraram no segundo tempo, Gallo gostou
do desempenho dos substitutos contra o Peru. E revelou que o camisa 10
brasileiro, destaque na goleada, levou, sim, uma bronca, mas após o clássico.
- A bronca aconteceu anteontem, em função do jogo da
Argentina. Fizemos uma substituição que tínhamos certeza (que funcionaria). O
Nathan é um jogador hábil, mais rápido que o Gerson, serve muito bem, mas teve
um dia ruim. Hoje, no intervalo, a conversa foi branda, tranquila, de apoio.
Na última rodada do hexagonal do Sul-Americano, o Brasil
enfrenta a Colômbia, no estádio Centenario, em Montevidéu. O duelo está marcado
para o próximo sábado, e o horário ainda será definido pela Conmebol. As duas
equipes não têm mais chances de título, mas a partida definirá o terceiro
colocado do torneio: a seleção soma sete pontos, contra seis dos cafeteros.
Nathan comemora gol do Brasil contra o Peru (Foto: Agência AFP )
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