Com processo de renovação de contrato "travado", atacante deixa de ser unanimidade nos bastidores do clube. Na próxima semana haverá nova reunião
Renovação de Paolo Guerrero está "travada"
(Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)
(Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)
A renovação de contrato de Paolo Guerrero
vem se tornando um
assunto cada vez mais complicado no Corinthians. O peruano tem vínculo
com o
Timão até julho de 2015, mas a diretoria alvinegra quer evitar a
possibilidade
de um pré-contrato com qualquer outro clube a partir de janeiro - e lei
permite que o jogador entre em acordo com outra equipe a seis meses do
término de seu vínculo. A negociação, porém, está travada. O artilheiro
pediu US$ 7 milhões (mais de R$ 18 milhões) para assinar novo contrato.
Por isso, deixou de ser unanimidade nos bastidores. Alguns membros da
cúpula alvinegra consideram que o valor é alto demais. Mesmo para quem é
o melhor jogador do time.
Guerrero já deixou claro:
acredita que o montante que pediu está de acordo com a realidade
financeira do Corinthians. A diretoria já havia oferecido US$ 4 milhões
(cerca de R$ 10 milhões) à vista para o atleta. Depois, aumentou para
US$ 5 milhões (quase R$ 13 milhões), mas não houve acordo. A decisão foi
marcar uma nova reunião somente após o fim do Campeonato Brasileiro -
que acaba neste domingo, quando o Timão enfrenta o Criciúma, na arena.
Recentemente,
Guerrero passou a ser representado pela empresa OTB Sports, um braço da
Think Ball, administrada por Marcelo Goldfarb, Marcelo Robalinho e
Bruno Paiva. O grupo administra os interesses do volante Bruno Henrique
e do meia Jadson. A intenção do peruano é se manter blindado ao máximo.
Não quer participar das conversas.
Algumas pessoas
da diretoria do Corinthians entendem que o fato de Guerrero ser ídolo da
torcida e artilheiro da equipe na temporada, com 16 gols marcados, não o
torna "intocável". Para os dirigentes, o atacante deve ser valorizado,
mas também precisa entender que o clube tem seus limites. O principal
argumento da cúpula é o fato de o Timão estar oferecendo um contrato de
três anos a um atleta de 30 anos, algo que não é comum.
O
ataque foi uma das principais carências do Corinthians durante toda a
temporada. Após a venda de Romarinho para o El Jaish, do Catar, o clube
ficou com Luciano e Ángel Romero como principais opções de parceiro para
Guerrero, mas nenhum dos dois se firmou, e quem assumiu a vaga foi
Malcom, de apenas 17 anos. Outro garoto, Gustavo Tocantins, de 18,
também foi promovido das categorias de base para preencher o espaço
deixado no setor ofensivo.
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