Desejo de ganhar R$ 400 mil, exposto em reunião com presidente tricolor, complica renovação de contrato embora haja o interesse de continuidade de ambas as partes
Cristovão
Borges deseja seguir no Flu, mas pedido salarial assusta os dirigentes
tricolores (Foto: Matheus Andrade / Photocamera)
O Fluminense quer manter Cristóvão Borges. O treinador
deseja dar continuidade ao trabalho nas Laranjeiras. O discurso de ambas as
partes, porém, omite um desacerto que pode resultar na mudança de plano para a
temporada 2015: a diferença entre o oferecido pelo clube e o pedido pelo comandante.
Na primeira conversa, os dirigentes tricolores ficaram assustados com pretensão
de R$ 400 mil. Valor R$ 100 mil a mais do que o atual vencimento de toda a
comissão técnica.
Além de Cristóvão, o preparador de goleiros Marcos Leme e o
preparador físico Rodrigo Poletto têm a necessidade de prorrogar o vínculo, que
acaba em 31 de dezembro. Todos estão no clube desde o dia 3 de abril, quando
foram apresentados como substitutos de Renato Gaúcho e companhia. A troca feita
pelo presidente Peter Siemsen, contrariando a vontade de Celso Barros,
presidente da Unimed, aliás, determinou uma nova realidade: a patrocinadora
passou a não bancar mais parte dos salários de quem comanda.
Foi o presidente Peter quem se reuniu com Cristóvão na
semana passada - mesmo sem a garantia de classificação à Libertadores. No
encontro realizado na residência do treinador, sem a presença de dirigentes do
futebol, como o vice de Mário Bittencourt e o diretor executivo Paulo Angioni, o
mandatário ouviu a pedida - ganha atualmente cerca de R$ 200 mil. Saiu com a
certeza de ser difícil bancar o valor, afinal, como passa por grave crise
financeira, o clube passará por reformulação em 2015 e os investimentos serão
reduzidos.
A direção tricolor procurou Cristóvão há dois meses para
renovar até o fim de 2016, quando acaba o mandato de Peter. O treinador preferiu
esperar o resultado do Fluminense no Brasileirão. As últimas manifestações públicas
sobre o tema foram após o 5 a 2 diante do Corinthians, domingo, no Maracanã.
- Sobre manutenção de técnico, depende de vários fatores -
limitou-se a dizer o presidente tricolor.
- (É preciso) clareza. Clareza no projeto. A cobrança não
muda. O Fluminense é time de tradição, de ponta, campeão. Não vai entrar para
ser mais ou menos. Se for diferente disso, tem que ser claro para todo mundo.
Para todos. Isso só funciona se todos estiverem juntos e assumirem para poder
segurar. Sendo claro, tem que apostar e bancar - afirmou o treinador.
Sem chances de classificação ao torneio sul-americano, o Flu
tem o Cruzeiro como adversário na última rodada do nacional. A preparação
começa na quarta-feira, dia da reapresentação do grupo de jogadores.
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