Nome ligado a Maurício Assumpção e Sidnei Loureiro ganhou aumento substancial de salário quando promovido, mas teve valor mantido após voltar a auxiliar
Eduardo Hungaro deixará o Botafogo ao fim desta semana (Foto: Satiro Sodré)
Ainda não se sabe se o Botafogo terá um novo treinador ou um
novo diretor de futebol em 2015. Mas a nova diretoria não teve qualquer dúvida
ao decidir pela demissão de Eduardo Hungaro. Comandante da equipe na
Libertadores e atualmente auxiliar técnico, integrante da comissão técnica
permanente, ele fica no clube somente até o fim desta semana.Na visão da nova diretoria, Eduardo Hungaro é um dos símbolos do fracasso da administração de Maurício Assumpção em 2014. Escolhido para liderar a equipe que voltou à Libertadores após quase 20 anos, ele não resistiu à eliminação na primeira fase, depois de o Botafogo ter tido a oportunidade de se classificar em primeiro lugar de seu grupo com uma rodada de antecedência – oportunidade desperdiçada com a derrota por 1 a 0 para o Unión Española no Maracanã.
Com a promoção de auxiliar para treinador principal na virada de 2013 para 2014, Eduardo Hungaro teve seu salário aumentado de cerca de R$ 20 mil para R$ 65 mil. No entanto, quando a diretoria decidiu novamente colocá-lo como auxiliar após a Libertadores, o valor não foi alterado. O inchaço da folha salarial do futebol foi avaliado como uma das principais causas da crise econômica do clube.
Amigo do ex-diretor Sidnei Loureiro, responsável por sua contratação quando gerenciava as categorias de base, Eduardo Hungaro – ou Duda, como é conhecido – chegou ao Botafogo em 2010 para dirigir a equipe sub-13. Ele teve rápida ascensão no clube, passando no ano seguinte a ser o treinador dos juniores. Em 2011 foi campeão estadual da categoria, fazendo o Alvinegro levantar a taça após 10 anos.
Em 2013 Hungaro foi alçado aos profissionais do Botafogo, integrando a comissão técnica permanente e trabalhando ao lado de Oswaldo de Oliveira. Naquele ano ele ainda esteve à frente dos juniores no título da Taça Octávio Pinto Guimarães.
Aposta do Botafogo em ano de Libertadores
No fim do ano passado, depois de decidir pela não renovação com Oswaldo, a diretoria optou por promover Duda a técnico da equipe principal. Além de ser considerado uma opção financeiramente barata, diante da urgência de corte de gastos, o Botafogo entendeu que se tratava de alguém que conhecia a fundo o elenco e, assim, capaz de manter o nível da temporada anterior.
Com a chegada de Vagner Mancini depois do fracasso do Botafogo na Libertadores, Eduardo Hungaro teve suas funções consideravelmente diminuídas. Enquanto os auxiliares Régis e Mauricinho acompanhavam a equipe em viagens e nas partidas, Duda passou a ficar restrito a treinamentos no Engenhão e à análise de adversários.
O fim da passagem de Eduardo Hungaro pode ser um dos símbolos da ruptura com o modelo de gestão de Maurício Assumpção, mas o nome do treinador ainda ficará por um bom tempo no dia a dia do clube. Isso porque os salários atrasados o farão ser mais um integrante da longa lista de credores do Botafogo
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