No Campeonato Amazonense, jogador desmaia e depois de 10 minutos, na saída do estádio, carro quebra e atletas precisaram empurrar. Goleiro passa bem
O placar apontava 3 a 3, em tarde de reviravolta quase histórica do Nacional Borbense diante do Iranduba. A partida, válida pela quinta rodada do Campeonato Amazonense, estava nos minutos finais do segundo tempo e tudo corria bem no estádio Carlos Zamith, até que goleiro Douglas, do Borbense, foi atingido com um chute no estômago em lance não intencional. O arqueiro ficou caído, desmaiou, teve princípio de convulsão, acordando com dificuldades para respirar.
Depois de gritos e 'batidas' na
porta, enfim, o motorista apareceu sem mesmo saber do que se tratava. E
estava só. Sem médico. O
campo contava apenas com o apoio de dois fisioterapeutas, cada um de um
time e
o responsável pela ambulância, que pouco sabia auxiliar no socorro.
Foram cerca de
cinco minutos até conseguirem colocar Douglas na maca para que fosse
levado ao hospital João Lúcio, aonde se encontra lúcido e onde passará à
noite para exames mais detalhados, já que uma fratura na costela não
está descartada.
O cenário era degradante, e o desespero saía em forma de
revolta dos atletas. “Isso é negligência médica. E se morre em campo?”, gritou
um atacante do Borbense. Outro atleta chegou a criticar duramente o campeonato
estadual.
- É vergonhoso. Vergonhoso ver uma coisa dessas acontecer.
Campeonato de m*****!
ambulância no prego
Ambulância fica no prego e atletas, comissão técnica e policiais precisam empurrar
(Foto: Isabella Pina)
Quando
o atleta foi levado de maca pelos próprios companheiros de time e
comissão
técnica, tudo parecia resolvido, mas um novo episódio se criou com
gritos e novo desespero. O carro estava quebrado, sem sair do lugar.
“Deu prego!”, gritou o motorista após um policial pedir para que saísse com a ambulância.
Revoltados, jogadores, policiais e membros das comissões técnicas empurraram o veículo, que voltou a falhar na saída do estádio. Uma medida de urgência foi tomada. De acordo com o tenente Jaris, da Polícia Militar, o goleiro precisou ser “transferido” para a caçamba da caminhonete da PM para ser transportado até o SPA (Serviço de Pronto Atendimento) do Coroado, Zona Leste de Manaus. De lá, desta vez em uma ambulância real e com apoio médico, seguiu para o Hospital João Lúcio.
Revoltados, jogadores, policiais e membros das comissões técnicas empurraram o veículo, que voltou a falhar na saída do estádio. Uma medida de urgência foi tomada. De acordo com o tenente Jaris, da Polícia Militar, o goleiro precisou ser “transferido” para a caçamba da caminhonete da PM para ser transportado até o SPA (Serviço de Pronto Atendimento) do Coroado, Zona Leste de Manaus. De lá, desta vez em uma ambulância real e com apoio médico, seguiu para o Hospital João Lúcio.
Atletas fizeram maior parte do socorro e transporte de Douglas até a ambulância
(Foto: Isabella Pina)
Sem mais ambulância no estádio e, segundo o regulamento, com 2/3
da partida já cumpridos, o jogo foi então encerrado oficialmente aos
42 minutos do segundo tempo.
reprovação
O técnico e dirigente do Nacional Borbense, Robson Sá, fez
duras críticas à organização do Campeonato.
- É inadmissível. A gente, que joga no interior, consegue
fazer tudo certinho, com equipe médica, desfibrilador e tudo mais que é
preciso. E aqui, na capital, trazem uma ambulância maquiada. Uma ambulância que
não tinha médico ou equipamento. Total desorganização. Tem que rever isso, para
que um dia um jogador não chegue a óbito e escancare a desorganização do
Campeonato Amazonense.
Técnico do Borbense (camisa preta) criticou desorgnização
(Foto: Isabella Pina)
ESTADO DE SAÚDE
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