terça-feira, 30 de setembro de 2014

Três torcidas organizadas, de Cruzeiro e Galo, estão proibidas de ir a estádios

Integrantes da Máfia Azul, Pavilhão Independente e Galoucura estão, por seis meses, banidos de entrar para ver jogos no país inteiro usando objetos que as identifiquem

Sinalizador torcida Atlético-MG x Cruzeiro (Foto: Rafael Araújo)Sinalizadores foram acesos e bombas arremessadas durante o jogo (Foto: Rafael Araújo)
Integrantes de três torcidas organizadas, uma do Atlético-MG e duas do Cruzeiro, estão proibidos de frequentar os estádios brasileiros durante seis meses com qualquer roupa ou objeto que as identifique. Torcedores que fazem parte da Galoucura, da Máfia Azul e da Pavilhão Independente não poderão circular em um raio de cinco quilômetros de qualquer estádio brasileiro, em dias e horários de partidas, durante seis meses, "portando ou exibindo qualquer vestimenta, faixa, bandeira, instrumento musical ou qualquer objeto que possa caracterizar a presença da torcida nos estádios ou seus respectivos entornos nos dias de jogos".
Além do período determinado, a punição vale pelos próximos cinco clássicos.
A medida, que começa a valer a partir do próximo dia 3 de outubro, foi tomada pelo promotor de defesa do consumidor do Ministério Público e coordenador do Procon estadual, Fernando Abreu, que analisou documentos e imagens por ele solicitados após as confusões ocorridas no clássico entre os rivais no último dia 21 de setembro.
De acordo com a assessoria de imprensa da Federação Mineira de Futebol (FMF), trata-se de uma medida preventiva, e as organizadas podem recorrer.
Ata Ministério Publico de Minas Gerais - Torcidas (Foto: Reprodução )Reprodução de parte do termo de audiência divulgado pelo MPde MG (Foto: Reprodução )
No termo de audiência divulgado pelo Ministério Público de Minas Gerais, o promotor cita o descumprimento de um acordo feito entre a Galoucura e a Polícia Militar e mudaram a rota de entrada no Mineirão, preferindo provocar a rival Pavilhão Independente. Foram encontrados, com torcedores da citada torcida atleticana, rojões, bombas conhecidas como garrafão e armas brancas chamadas de soco inglês.
Com relação à torcida Pavilhão Independente, a polícia abordou um integrante que queimava um rojão na rua e que continuou mesmo depois de ser advertido. Dentro do estádio, vários integrantes da mesma torcida tentaram invadir a área destinada à Galoucura "com arremesso de cadeiras depredadas".
Já sobre a Máfia Azul, foram relatadas brigas na sub-sede da torcida, onde "um integrante foi preso com quatro artefatos explosivos unidos por fita adesiva a pregos, evidenciando o alto potencial ofensivo".

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