Mesmo sem ter atuado um minuto sequer pela seleção brasileira, Vinicius Junior foi escolhido para ser garoto-propaganda na apresentação da nova camisa branca do Brasil. No entanto, isso não garante a presença do jovem na Copa América. Ao menos é o que garante o técnico Tite. Logo após o evento nesta terça-feira, que também marcou a posse do novo presidente da CBF, Rogério Caboclo, o treinador assegurou que o atacante do Real Madrid não tem lugar garantido no torneio.
Tite esteve presente na posse do novo presidente da CBF, Rogério Caboclo — Foto: Raphael Zarko
Vinicius Junior chegou a ser convocado por Tite para os amistosos contra Panamá e República Tcheca em março, mas foi cortado por conta de uma lesão no tornozelo direito. Ele deve voltar aos gramados apenas em maio. A próxima convocação do Brasil será no dia 17 de maio e será a lista definitiva para a Copa América. A única chance para Vinicius ser testado antes do torneio seriam os amistosos do mês passado.
Tite também aproveitou a ocasião para comemorar uma das decisões anunciadas por Rogério Caboclo e que envolve diretamente o seu trabalho: a pausa no calendário dos clubes em datas Fifa. Reivindicação antiga das equipes, a medida, segundo o treinador, será benéfica para todos os lados.
– Vejo uma organização maior. Vejo possibilidades iguais. Porque se eu fosse atleta, eu gostaria de ter oportunidade na Seleção. E, daqui a pouco, tem uma competição importante e não estar na Seleção, isso é ruim. Traz prejuízo para o clube, pela valorização do atleta, traz prejuízo para o atleta, para a Seleção, para o técnico também – avaliou Tite.
Viniciusi Junior foi modelo para apresentação da nova camisa do Brasil, mas não está garantido na Copa América, segundo Tite — Foto: Divulgação/Nike
–Difícil quantificar hoje, entendo vocês, mas também pego do que falamos dos seis primeiro jogos e depois ampliou para os últimos oito. Era importante dar oportunidade para atletas jovens, que estão surgindo, competirem com o que estavam há mais tempo. Isso foi conseguido, elevar o nível de desempenho. Não o primeiro tempo contra a República Tcheca, mas o segundo tempo. Traz para esse nível, que antes tinha jogadores de Mundial, de eliminatórias, concorrência de atletas.
Trabalho muda com Rogério Caboclo?
– É difícil te responder, até porque já estava desenvolvendo trabalho com o Rogério (Caboclo) no dia a dia. Talvez com mais tempo posso dizer, mas essas ideias, de dar toda uma estrutura, de melhor a estrutura, consequentemente dá uma responsabilidade igual que a gente tenha que evoluir.
Mudanças nas seleções de base
– Não (participou da escolha de Jardine). Existe uma autonomia, pessoas de alçada superior, que avaliam o trabalho desenvolvendo situações. O executivo, está o Edu, o presidente. Não tem minha participação(...). Não participei (mudanças na sub-17). Existem hierarquias. Isso é em relação a Edu e Branco, não faço parte disso. Deixo claro, porque tenho responsabilidade muito grande. Não dá para fazer tudo, não dá. Se não fosse assim teria ficado numa Olimpíada.
Características do Sylvinho, novo técnico da seleção olímpica
– É um grande profissional. Tem três quesitos importantes: escala de valores, pessoal e moral, competência profissional através de estudos e experiências, foi um atleta e estudioso, está terminando cursos. E terceiro é o número de títulos que tem na carreira. Está iniciando (como técnico) e vai ter essa oportunidade.
Camisa branca
– Eu quero uma para mim. Esse foi o sentimento quando vi a camisa em casa. Sei que perdemos em 1950, mas sei que ganhamos em 1952 com ela também.
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