O reencontro entre Aparecidense e Ponte Preta continua sem uma data definida. Em decisão na última sexta-feira, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) impugnou a vitória por 1 a 0 dos goianos por entender que houve interferência externa na anulação de um gol da Macaca aos 44 minutos do segundo tempo.
Mas, diante da tentativa da Aparecidense de cancelar o julgamento a partir de uma ação protocolada na segunda-feira, a CBF ainda não remarcou a partida.
A posição oficial da entidade é que espera uma "definição no âmbito jurídico antes de qualquer movimento em relação à marcação de uma possível nova partida".
Julgamento do caso aconteceu na sexta-feira — Foto: Divulgação STJD
Já a assessoria de imprensa do STJD informou que é necessário aguardar o despacho do presidente Paulo César Salomão Filho, sem um prazo estipulado, ainda que a Aparecidense conte com uma resposta até quarta-feira.
Diante do impasse, é improvável que, por conta do Estatuto do Torcedor (data, local e horário precisam ser divulgados pela entidade organizadora com 48 horas de antecedência) e das tabelas dos respectivos estaduais, a nova partida aconteça nesta semana.
A Ponte chegou a se programar para viajar nos próximos dias, dando folga ao elenco nesta terça, mas a possibilidade já está praticamente descartada.
- Não é uma modificação tão simples, para não ferir nenhum direito do Estatuto do Torcedor, nem de outras tabelas. Depende do comunicado formal do STJD ao Departamento de Competições da CBF, que analisará o nosso calendário e o calendário da Aparecidense. A CBF foi oficiada apenas nesta terça e comunicou a Federação Paulista de Futebol, que nos enviou a decisão. É evidente que a CBF possa aguardar um desfecho do pedido formulado pela Aparecidense - disse o advogado da Ponte, João Felipe Artioli, à Rádio Central, de Campinas.
Jogo de 12 de fevereiro foi marcado por muita polêmica — Foto: André Costa/O Popular
O novo capítulo
A Aparecidense questiona a presença dos auditores Flávio Boson e Sormane Oliveira. Segundo a ação do clube goiano, ambos fazem parte da Comissão Disciplinar do STJD e, portanto, não poderiam ter votado no Pleno.
O pedido é para a realização de um novo julgamento ou "a desconsideração completa dos votos proferidos na sessão, e o reconhecimento de que apenas os votos dados pelos Auditores Titulares do Pleno podem ser validados", o que resultaria na negativa do pedido de impugnação da partida proposto pela Ponte.
A Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) também entrou no caso, com duras críticas ao STJD, e prometeu recorrer a "todas as demais instâncias possíveis".
Na visão do departamento jurídico da Ponte, os únicos recursos cabíveis no atual estádio remetem à Tribunal Arbitral da Fifa, na Suíça.
- Não há suporte, embasamento legal. Eles estão procurando algo impeditivo. Nós vemos que não são as medidas adequadas, seja uma Medida Inominada (excepcional) ou Embargos de Declaração. Que a alegação tivesse feita no ato do julgamento. Não existe ilegalidade nenhuma. De fato um desembargador de segunda instância não julga na primeira, mas um de primeira julga na segunda. Isso é natural. Ele pode ser convocado, convidado para um dia de julgamento. A essência dele é ser juiz - comentou o advogado da Ponte.
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