quinta-feira, 22 de novembro de 2018
Conselho aceita pedido de assembleia para destituição do presidente do Coritiba
O Conselho Deliberativo do Coritiba acatou o pedido de Assembleia Geral para votar a destituição do presidente do clube, Samir Namur. O documento entregue, com mais de 80 assinaturas de conselheiros, foi apresentado na última semana e pede que os sócios do clube votem a favor ou contra a permanência do dirigente.
Antes da realização da Assembleia Geral, o Conselho Deliberativo convocou uma reunião para o dia 26 de novembro, apenas com membros do conselho. Nela, devem ser definidos a forma e a data para a realização da votação com todos os sócios. A intenção é de que a votação seja feita ainda neste ano.
Segundo o membro do conselho, Julio Jacob Junior, que elaborou o pedido de assembleia e buscou as assinaturas, ele nasceu de um pressão de sócios. O documento apresentado ao conselho administrativo não cita nenhuma razão específica para destituição. Ele se baseia apenas na inexistência de uma previsão estatutária para impeachment e pede que se elabore uma assembleia geral para tratar do assunto.
O presidente Samir Namur tem se movimentado com o objetivo de evitar a Assembleia Geral. Na última semana, ele fez um pedido de reunião com conselheiros para tratar do assuno e, em carta, disse que a situação política tem dificultado o planejamento do Coritiba para 2019.
A reunião, no entanto, teve pouca participação. No mesmo dia, o Coritiba anunciou Rodrigo Pastana como novo diretor de futebol e, nesta terça-feira, confirmou a permanência de Argel como treinador para a próxima temporada.
Em coletiva de imprensa, Samir Namur também se defendeu e disse consideradar a assembleia "sem causa". Ele ainda afirmou que não teve direito de defesa até agora e que pretende buscar a Justiça para evitar a assembleia.
- Não imagino a mesa diretora marcando uma assembleia com um pedido sem causa, sem fundamento. Como vou me defender? Vou me defender do quê? Imagino que a mesa diretora nem marque. Se isso acontecer, continuaremos trabalhando, mas também farei toda uma defesa na Justiça para que isso não aconteça. Aí passa não só de uma pressão meramente política, mas também para algo que atrapalhe o dia a dia do Coritiba em meados de 2019.
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