terça-feira, 27 de novembro de 2018
Caso Daniel: Um dos suspeitos da morte do jogador deixa a prisão em São José dos Pinhais
Do lado esquerdo (família Brittes) e do lado direito (Eduardo Purkote). O grupo se reuniu em um shopping após o crime — Foto: Reprodução/RPC
Eduardo Purkote Chiuratto, um dos sete suspeitos de envolvimento no caso da morte do jogador Daniel Freitas, deixou a prisão na tarde desta segunda-feira em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A Justiça revogou a prisão temporária dele.
Purkote estava detido desde o dia 15 deste mês e foi indiciado por lesão corporal grave.
Outros seis suspeitos permanecem detidos. Entre eles estão o assassino confesso do jogador Edison Brittes, e a esposa dele, Cristiana Brittes, e a filha dele Allana Brites. Ao confessar o crime em depoimento, Edison disse que o jogador tentou estuprar Cristiana Brittes.
Promotor diz que esposa de assassino confesso teve atuação determinante no crime
Segundo o delegado Amadeu Trevisan, Purkote é suspeito de ter quebrado o celular do jogador, arrombado a porta do quarto de Cristiana Brittes e também de agredir o jogador dentro e fora da casa da família Brittes.
Daniel foi encontrado morto, com o órgão sexual mutilado, no dia 27 de outubro, perto de uma estrada rural na Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O crime aconteceu depois da festa de aniversário de Allana Brittes, filha de Cristiana e Edison Brittes.
O advogado de Eduardo Purkote, Ricardo Dewes, disse que o cliente não foi denunciado porque ficou comprovado que ele não participou de nenhum dos atos de agressão ao Daniel.
- Ele sempre falou a verdade nós esclarecimentos à autoridade policial, destacou o advogado.
Até esta segunda-feira, não havia denúncia sobre o caso. Segundo o MP-PR, isso deve ocorrer até sexta-feira.
cristiana e allan brittes daniel homicídio — Foto: Reprodução
Cristiana Brittes será denunciada por homicídio junto de Edison Brittes Júnior, Eduardo da Silva, Ygor King e Willian David da Silva pela morte do jogador Daniel Correa Freitas, segundo o promotor do Ministério Público do Paraná (MP-PR), João Nilton Salles.
Na quarta-feira, Cristiana tinha sido indiciada pelos crimes de fraude processual e coação de testemunhas, mas o promotor do caso decidiu denunciá-la também pelo homicídio do jogador.
- Com a análise do inquérito, a conclusão que eu cheguei é que todo esse crime de homicídio jamais teria acontecido da forma como aconteceu sem a atuação determinante da Cristiana", afirmou o promotor em entrevista ao Fantástico.
Em depoimento, Cristiana diz que acordou com Daniel em cima dela
De acordo com o inquérito da polícia, Daniel foi agredido e morto depois de ter sido flagrado por Edison Brittes deitado na cama de Cristiana.
Antes do crime, Daniel enviou a um amigo mensagens e fotos deitado ao lado de Cristiana enquanto a esposa de Edison Brittes dormia.
Para o promotor, Cristiana deu ao jogador "toda a possibilidade de acreditar que aquela brincadeira [tirar foto ao lado ao lado dela] estaria dentro da normalidade, nas circuntâncias em que se deram".
- Ela sabia do caráter do marido, da personalidade violenta dele, e quando se iniciaram os atos de homicídio que culminaram na morte do Daniel, ao invés de tentar evitar essa conduta, ela determinou, isso tá claro nos autos, que o Daniel fosse retirado da casa e que eles terminassem os atos de execução fora.
Segundo a polícia, Eduardo da Silva, Ygor King e David Willian participaram das agressões ao jogador e estavam no carro que levou Daniel até o matagal onde foi encontrado morto.
Allana Brittes também está presa e foi indiciada pela polícia por coação de testemunhas e fraude processual.
A defesa técnica de Cristiana Rodrigues Brittes manifestou "espanto e repúdio" às declarações do Promotor de Justiça.
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