A Justiça começou a penhorar recursos do Fluminense para quitar a dívida com Diego Cavalieri. Nos últimos 30 dias, após cinco bloqueios nas contas do clube, apenas R$ 28 mil foram resgatados em favor do goleiro dispensado no fim do ano passado.
O total do débito referente à rescisão de contrato foi de R$ 6,1 milhões, e o clube já pagou R$ 3,4 milhões. Em razão de multa, ainda restam R$ 3,8 milhões a serem regularizados.
Cavalieri deixou o Fluminense ao fim de 2017 — Foto: NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.
Foi a juíza Eleticia Marinho Mendes Gomes da Silva, titular da 31ª Vara do Trabalho do Rio, que determinou o pagamento após o Tricolor atrasar as parcelas do acordo. Em agosto, a defesa do time das Laranjeiras pediu nova audiência de conciliação para repactuar o saldo devedor, algo negado pela magistrada.
Desde então, a Justiça iniciou a pesquisa de recursos. E fez os seguintes bloqueios:
30/8: R$ 2.293,67
12/9: R$ 20.562,08
18/9: R$ 3.275,40
25/9: R$ 1.838,90
28/9: R$ 601,00
Total: R$ 28.571,05
Como houve falta de dinheiro para totalizar o montante a que Cavalieri tem direito, a tendência é de que novos bloqueios sejam feitos.
O acordo entre Flu e Cavalieri
R$ 538.901,01 referente a FGTS a ser pago até 15/02/2018. Clube pagou R$ 466.757,30. Faltam R$ 72.331,71.
R$ 623.973,89 até 15/02/2018. Clube pagou.
R$ 2.325.761,80 até 15/4/2018. Clube pagou.
R$ 2.616.481,98 em 18 parcelas iguais de R$ 145.360,11, a partir de 15/5/2018. Clube tem cinco parcelas atrasadas.
O que Cavalieri cobra após o atraso
O pagamento antecipado das parcelas restantes, o saldo devido de FGTS de R$ 72.331,71 e multa de 30%, o que totaliza R$ 3.800.317,98.
Ao fim do ano passado, a direção tricolor alegou que a liberação de Cavalieri - ao lado de outros sete jogadores - era uma maneira de reduzir a folha salarial e ajudar na reorganização financeira. desde então, porém, o clube tem dificuldade de honrar os compromissos e agora convive com penhora de recursos.
Esta situação dificulta, por exemplo, o pagamento de salários. Após pagar o salário referente a julho, a direção não tem previsão de regularizar o que falta: funcionários e jogadores ainda têm por receber a CLT de agosto e os atletas ainda três meses de direitos de imagem.
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