quinta-feira, 13 de setembro de 2018
Em última instância, STJD mantém pena de dois jogos a Deyverson na Copa do Brasil
Deyverson teve pena de dois jogos de suspensão mantida pelo STJD — Foto: ALE CABRAL/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO
O palmeirense Deyverson teve sua suspensão de dois jogos na Copa do Brasil mantida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O último recurso do atacante foi julgado nesta quarta-feira, em Manaus, e quatro dos oito relatores que votaram foram a favor da manutenção de pena. Três votaram pela diminuição de um jogo, enquanto um votou pela majoração para 4 jogos
O atacante foi suspenso por conta de uma cotovelada no lateral Mena, do Bahia, no jogo de ida das quartas de final da competição nacional. Após ficar de fora da partida de volta, quando o Palmeiras venceu por 1 a 0, ele também vai desfalcar o time no jogo de ida da semifinal contra o Cruzeiro, que ocorre já nesta quarta, a partir das 21h45, na Arena Palmeiras.
Deyverson foi julgado no Art. 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), acusado de “praticar jogada violenta”. Na ocasião, ele foi expulso com um vermelho direto na partida em que o Palmeiras empatou em 0 a 0, na Arena Fonte Nova
Em primeira instância, STJD já punido Deyverson com suspensão de dois jogos — Foto: Daniela Lameira / Site STJD
A sessão aconteceu na capital amazonense por causa de um projeto itinerante do STJD. A suspensão para o caso de Deyverson poderia ter chegado a seis partidas, mas acabou sendo fixada em duas após último recurso.
Como foi o julgamento
O que disse a procuradoria
O procurador Felipe Bevilcqua de Souza defendeu a punição, argumentando que, pelo fato de Deyverson ser um dos atletas mais conhecidos de um clube de massa como o Palmeiras, as atitudes dele dentro de campo têm um reflexo na sociedade, e isso é motivo de preocupação. Ele defendeu uma punição de caráter educativo e pedagógico.
Explicou que Deyverson foi denunciado por conta de uma jogada violenta com dolo eventual, caso contrário o caso se caracterizaria como agressão física. O procurador classificou o lance da cotovelada como imperícia por parte do jogador.
Ainda comparou o caso a um acidente de trânsito, onde mesmo que o causador não aja de forma dolosa, entende-se que o episódio só aconteceu porque em algum momento existiu alguma dose de imperícia, o que de qualquer forma causa consequências.
Por fim, lembrou que Deyverson é reincidente, está suspenso nas três competições que o Palmeiras disputa e que se envolveu numa confusão no último domingo, no jogo contra o Corinthians.
O que disse a defesa
Advogado do Palmeiras, Alexandre Miranda pediu redução de pena — Foto: Marcos Dantas
O advgogado do Palmeiras, Alexandre Miranda, refutou que Deyverson é reincidente e que acabou só recebendo uma advertência no final do ano passado. Ele defendeu que a decisão de primeira instância foi exagerada, mas alegou que o atleta já foi apenado ao ficar de fora do jogo de volta contra o Bahia.
Destacou também a diferença de altura entre Deyverson e Mena, que disputaram a bola. No mérito, o advogado destacou ainda que as imagens não mostram Deyverson olhando para o adversário, reforçando a tese de que o atleta do Palmeiras teria cometido a falta sem qualquer intenção, ao fazer um movimento natural de subir para disputar a bola.
Ele defendeu também que aplicar pena de duas partidas na Copa do Brasil faria uma diferença muito grande, pois faria ele perder 40% das partidas possíveis na competição, insinuando que o critério utilizado para pedir a punição levaria em consideração se assemelha ao usado no campeonato brasileiro , onde duas partidas seria uma punição razoável
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