O atacante Wellington Paulista se manifestou pela primeira vez desde seu afastamento do grupo principal da Chapecoense, na última terça. Com contrato até o final de 2019, o jogador irá treinar separadamente. Um empréstimo para outro clube está descartado no momento.
Com mais de 100 jogos pelo clube, o jogador era o capitão do time quando comandado por Gilson Kleina. Além disso, é artilheiro da Chape na temporada, com 11 gols. Por meio de nota de sua assessoria de imprensa, Wellington Paulista falou sobre o afastamento.
- Aprendi a amar esse clube, essa torcida e essa cidade, dei a vida dentro de campo e neste período foram mais de 100 jogos e aproximadamente 30 gols. Em 2018 me tornei artilheiro do time com 11 gols e também recebi propostas para deixar o clube, mas fiz questão de renovar recebendo um salário menor para seguir no projeto que tinha escolhido. Na vida nem sempre devemos colocar questões financeiras em primeiro lugar, mas sim nosso bem estar, alegria e felicidade - falou.
Titular em duas partidas sob comando de Guto Ferreira, o atleta foi comunicado de que não fazia mais parte dos planos do treinador, que conta com Leandro Pereira como referência no ataque.
No Brasileirão, Welligton disputou 16 jogos e marcou quatro gols. Com o ex-técnico Gilson Kleina, era titular e capitão.
Confira a nota na íntegra:
“Hoje foi um dia diferente na minha carreira. Fiz meu primeiro treino longe dos meus companheiros e quando escolhi estar neste projeto da Chapecoense isso não fazia parte dos meus planos.
Estou no clube desde o início da temporada de 2017 e participei da reconstrução de uma equipe abalada por um desastre. Conquistamos o bicampeonato catarinense, fizemos uma campanha marcante na Libertadores de 2017 e histórica no Campeonato Brasileiro do mesmo ano, em que tivemos uma arrancada incrível para a conquista do título do segundo turno e a classificação para Libertadores 2018.
Aprendi a amar esse clube, essa torcida e essa cidade, dei a vida dentro de campo e neste período foram mais de 100 jogos e aproximadamente 30 gols. Em 2018 me tornei artilheiro do time com 11 gols e também recebi propostas para deixar o clube, mas fiz questão de renovar recebendo um salário menor para seguir no projeto que tinha escolhido. Na vida nem sempre devemos colocar questões financeiras em primeiro lugar, mas sim nosso bem estar, alegria e felicidade.
Este ano eu cheguei a jogar machucado, na partida contra o Corinthians, pela Copa do Brasil, para ajudar o treinador que tinha acabado de chegar e estava sem atacantes disponíveis. Da mesma forma que aconteceu ano passado, quando joguei três partidas com uma lesão grau dois na panturrilha sempre pensando no coletivo.
O momento que estou passando é difícil, inexplicável e sem nenhum motivo aparente, pois nada me foi passado, e por incrível que possa parecer há 20 dias eu era um atleta inegociável e neste momento passo a ser um atleta imprestável, descartado e encostado. O que será que pode ter acontecido em 20 dias, sinceramente ainda busco uma resposta.
Gostaria de reiterar que vou seguir cumprindo as minhas obrigações profissionais no time de aspirantes, até o final do meu contrato, da mesma forma que me dediquei até este momento nos profissionais. Quero aproveitar para agradecer a todas as mensagens enviadas com palavras de carinho, conforto e consideração.
Wellington Paulista, 30 de agosto de 2018.”
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