quinta-feira, 30 de agosto de 2018
Ex-presidente da Conmebol é condenado a nove anos de prisão nos Estados Unidos
O paraguaio Juan Ángel Napout, ex-presidente da Conmebol e ex-vice da FIFA, foi condenado a nove anos de prisão, em julgamento nesta quarta-feira que levou cinco horas no tribunal federal do Brooklyn (o mesmo que, há uma semana, sentenciou José Maria Marin a quatro anos na cadeia). A Promotoria desejava uma pena de 20 anos de prisão para Napout, enquanto a defesa solicia a libertação imediata.
Ex-presidente da Conmebol é condenado a nove anos de prisão nos EUA
Além da pena, ele recebeu uma multa de US$ 1 milhão (R$ 4 milhões) e ainda houve um confisco de US$ 3,3 milhões (R$ 13,5 milhões) - em relação ao que foi provado que ele recebeu de propina. Fora esses valores, há US$ 15 milhões (R$ 62 milhões) em juízo que ele pagou de fiança em dezembro de 2015 para ficar em prisão domiciliar. O ex-presidente da Conmebol, que chegou ao julgamento de macacão do presídio, vai recorrer da sentença.
Família de Juan Ángel Napout após julgamento do paraguaio
Em 4 de outubro, haverá uma audiência da juíza Pamela Chen com as partes interessadas na devolução por parte dos réus do dinheiro cobrado por Concacaf, Conmebol e Fifa. A decisão será divulgada no dia 20 de novembro.
Juan Angel Napout no Tribunal do Brooklyn para as considerações finais de julgamento (Foto: AP Photo/Seth Wenig)
O caso
Após dois anos em prisão domiciliar na Flórida e um julgamento de sete semanas em Nova York, o cartola de 60 anos foi considerado culpado em 22 de dezembro de três das cinco acusações enfrentava: conspiração para delinquir como parte de uma organização criminosa e conspiração para cometer fraude bancário na Copa América e na Copa Libertadores. Foi absolvido das duas acusações de lavagem de dinheiro nos dois torneios.
Os investigadores americanos afirmam que entre 2010 e 2015 o ex-vice-presidente da Fifa, também ex-presidente da Associação de Futebol do Paraguai, recebeu US$ 3,37 milhões em suborno e aceitou receber outros US$ 20 milhões em troca da concessão de contratos de TV e marketing de vários torneios.
- A única conclusão a que alguém pode chegar é que Napout, um homem de enorme riqueza, poder e influência, atuou por pura ganância - afirmou a Promotoria em um documento enviado esta semana à juíza Pamela Chen, que deve definir a sentença.
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