quarta-feira, 11 de abril de 2018
Presidente do TJD cita uso de árbitro de vídeo na final do Paulistão, mas recua: "Tudo é especulação"
A polêmica arbitragem de Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza na decisão do Campeonato Paulista continua sendo assunto por causa de uma suposta interferência externa na anulação do pênalti marcado do corintiano Ralf no palmeirense Dudu, no segundo tempo do clássico disputado no último domingo.
Nesta terça-feira, em entrevista à Fox Sports, o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo, Antonio Olim, falou sobre o episódio e chegou a citar o uso de árbitro de vídeo no lance. Mas, em seguida, tratou o assunto como especulação.
– Ontem não teve árbitro de vídeo e foi usado que nem um árbitro de vídeo. Reclamaram, fizeram, foram perguntar, demorou para voltar atrás, sabe... Ele apitou o pênalti, se ele está errado ou está certo, demorou um pouco a mais, ficou aquela situação toda, aí agora vocês têm as câmeras que mostram o que aconteceu, aí começa a vir... Aí agora temos que investigar. Nós temos que tomar conta e mostrar que não pode acontecer mais isso. Final de campeonato, ficou uma situação muito ruim – disse Olim, que, ao ser questionado novamente sobre a suposta interferência interna, voltou atrás.
Questionado pelo comentarista Paulo Vinícius Coelho logo em seguida pelo que havia dito sobre o árbitro de vídeo, Olim recuou.
– É, mas não estavam falando que não sei qual emissora que falou? Que não foi pênalti, e a visão não sei o quê...?! Eu estou ouvindo as histórias das reportagens, meu irmão! Eu não estou entrando no mérito. Eu vou entrar no mérito na hora que chegar na minha mão. Enquanto não chegar na minha mão, não vou entrar no mérito de nada. Tudo é especulação. Na hora que a representação do Palmeiras chegar aqui... Não chegou, ele (presidente do Palmeiras) só falou, mas não mandou nada. O árbitro já recebi, já mandei tomar as providências, já está na mão do procurador... Não esperei nada, não! Já está na mão do procurador desde hoje. Hoje é terça-feira, chegou ontem na minha mão. Aqui ninguém fica em cima de processo – explicou Olim.
Palmeiras divulga vídeo e diz ter prova de interferência externa na final do Paulistão
Nesta terça-feira, novas imagens da confusão entre a marcação e a anulação da penalidade aumentaram as discussões sobre o assunto. Em uma gravação de cima do estádio, o Palmeiras diz que Dionísio Roberto Domingos, diretor de arbitragem da Federação Paulista de Futebol, sai da entrada do túnel em direção à beira do campo para falar com o árbitro assistente Anderson José de Moraes Coelho.
Olim disse que Dionísio não poderia ficar na beirada do campo.
– O Dionísio não poderia estar ali. Há uma determinação de que ninguém mais pode ficar ali. Nem presidente de clube pode ficar, nem diretor, nada. Vai explicar o por quê de estar ali dentro, se teve mesmo essa conversa. Eu não posso afirmar nada porque eu não vi. O que posso dizer é que tudo o que aconteceu será apurado – acrescentou.
o TJD de São Paulo e deve analisar as polêmicas da final na semana que vem (Foto: Tossiro Neto)
Olim é o presidente do TJD de São Paulo e deve analisar as polêmicas da final na semana que vem (Foto: Tossiro Neto)
As imagens motivaram o clube a publicar uma nota oficial falando ter "prova irrefutável de interferência externa", cobrando explicações das entidades e citando até a anulação da final do Paulistão.
De acordo com Olim, as polêmicas da segunda partida da decisão do Campeonato Paulista devem ser analisadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo na próxima semana. O Verdão vai pedir ao TJD que interrogue Dionísio Roberto Domingos.
– Não pode acabar desse jeito (o campeonato), sabe, que acabou até estragando a festa. Essa confusão toda, os palmeirenses ficaram tristes, saíram tristes. Os corintianos ficaram alegres, mas ficaram também com um pé atrás porque também ficou aquela vitória que nem o Palmeiras foi pegar a taça. Sabe, a coisa ficou chata. Ficou... Eu não gosto de uma situação dessa. Vamos ter que resolver, ter que pôr tudo direitinho. Os culpados que sejam culpados. E se não teve culpado, ninguém foi culpado? Não foi pênalti? Voltou atrás? Pode voltar atrás o juiz e tudo bem... – disse o presidente do TJD.
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