Protesto da torcida do Bota tem confusão no Nilton Santos e pichação em General

Após o Botafogo empatar com o Cruzeiro por 2 a 2 neste domingo no Nilton Santos, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, e não conseguir uma vaga na Libertadores de 2018, a revolta tomou conta de parte da torcida. Um grupo grande de alvinegros foi para o portão do estacionamento na Norte e iniciou um protesto e tentativa de invasão ao estádio. A polícia evitou o pior, mas houve confronto do lado de fora.
Protesto de torcedores do Botafogo tem tentativa de invasão e termina em confronto
Torcedores atiravam pedras e garrafas de vidro na direção dos policiais, que revidaram com tiros de bala de borracha e bombas de efeito moral (veja no vídeo acima). No tumulto, uma mulher caiu e foi abrigada aos prantos junto com a família dentro do estacionamento.
Após a polícia ter feito um cordão de isolamento com grades, o clima acalmou, e o protesto de longe teve gritos de "time sem vergonha" e ofensas a três ex-queridinhos dos alvinegros: Bruno Silva, Roger e o técnico Jair Ventura – o volante, suspenso, e o atacante, sem condições de jogo, sequer estavam presentes no estádio.

Policiais tentaram conter a confusão usando bombas de efeito moral (Foto: Thiago Lima)
Alguns torcedores conseguiram chegar perto de onde os jogadores deixaram o estádio. Dudu Cearense antes de sair foi dialogar com os torcedores, que cobraram empenho do elenco.
– Hoje joguei ou não joguei? Estava há três meses sem jogar, três meses, e eu botei pra f..., irmão. Pode ser com quem for. Eu honro quem me paga, quem coloca comida no meu prato todos os dias – defendeu-se o volante, que ouviu do torcedor:
– Você honra a camisa do Botafogo, eles não.
O protesto não se restringiu à confusão no Nilton Santos. No início da noite, o muro da sede em General Severiano foi pichado com uma mensagem pedindo a cabeça do gerente de futebol do clube: "Fora Antônio Lopes". O dirigente foi o único a falar além de Jair Ventura após o jogo.