quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Após Demissão de Pinotti,Raí Ganha Cargo Importante no São Paulo


 Futebol do São Paulo tem oitavo
Carlos Augusto de Barros e Silva é presidente do São Paulo desde 27 de outubro de 2015. Nesse período, o comando do futebol passou pelas mãos de sete pessoas diferentes. Depois da saída de Vinícius Pinotti, que pediu demissão antes de ser demitido, Leco acertou com Raí para ser o sucessor no cargo. O ex-jogador é hoje membro do Conselho de Administração.
Um dos primeiros atos de Leco após ganhar a eleição há dois anos, marcada após a renúncia de Carlos Miguel Aidar, foi demitir José Eduardo Chimello, homem de confiança do antecessor, e recolocar no cargo executivo Gustavo Vieira de Oliveira, chefiado pelo então vice-presidente Ataíde Gil Guerreiro.
Só que Guerreiro, desgastado por seu envolvimento na queda de Aidar, foi transferido para a diretoria de relações institucionais meses antes de ser expulso do Conselho e afastado de qualquer função. O comando do futebol passou para as mãos de Luiz Cunha.
Pinotti e Leco durante treino do São Paulo (Foto: Marcelo Prado)
Pinotti e Leco durante treino do São Paulo (Foto: Marcelo Prado)
Meses depois, Cunha se demitiu e Gustavo sucumbiu diante de pressões da torcida organizada – essa mesma que hoje posa para fotos com Leco – e de conselheiros. O futebol passou então a ser tocado por José Alexandre Médicis e José Jacobson Neto, com Marco Aurélio Cunha na diretoria executiva.
Dirigente-ídolo pela trajetória de conquistas e por frases de efeito contra rivais, Marco Aurélio aceitou quase um emprego temporário. Licenciou-se da CBF e participou da recuperação do São Paulo, ameaçado de rebaixamento no Brasileirão de 2016.
Em janeiro, ele voltou ao seu cargo à frente do futebol feminino do país, e como a eleição estava marcada para abril, Leco não contratou um novo executivo. Deixou que Médicis e Jacobson comandassem um período importante, o da tentativa de consolidar Rogério Ceni como técnico. Enquanto isso, o advogado Alexandre Pássaro operava as negociações.
Marco Aurélio também passou pela diretoria do São Paulo nesse período (Foto: Rubens Chiri / site oficial do São Paulo FC)
Marco Aurélio também passou pela diretoria do São Paulo nesse período (Foto: Rubens Chiri / site oficial do São Paulo FC)
Eleito para mais três anos e meio de mandato, Leco nomeou Vinícius Pinotti como executivo de futebol, manobra que gerou críticas no clube, e Fernando Bracalli Chapecó, como diretor adjunto. Isso porque o estatuto determinava profissionais de notório conhecimento em cada área. Pinotti saiu do marketing para o futebol. Ele foi um dos principais colaboradores da campanha presidencial de Leco.
Os relatos são de que a relação de ambos ficou insustentável. Uma soma de momentos e pequenos conflitos que se resumem na disputa de quem manda mais. Leco nunca quis perder o comando sobre o futebol. Pinotti desejava mais autonomia. Não é a primeira vez que isso acontece no São Paulo, e muitas pessoas do clube temem que não seja a última.
Nesse período com Leco na presidência e sete comandantes diferentes no futebol, a equipe não ganhou títulos e brigou duas vezes contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
A CRONOLOGIA DO COMANDO DO FUTEBOL TRICOLOR
Outubro/2015: Leco assume, demite Chimello, contratado por Aidar, e contrata Gustavo para trabalhar sob comando de Ataíde.
Março/2016: Ataíde deixa a vice-presidência de futebol, e Leco contrata Luiz Cunha para ser diretor.
Junho/2016: Luiz Cunha pede demissão por discordar do investimento na contratação de Cueva. Dias depois, Leco anuncia Médicis na vice-presidência e Jacobson na diretoria.
Setembro/2016: sob pressão de torcida e Conselho, Leco e Gustavo chegam a acordo pela saída do executivo. Marco Aurélio Cunha é contratado como substituto.
Dezembro/2016: Marco Aurélio volta para a CBF e deixa o São Paulo.
Abril/2017: Leco ganha eleição e coloca Pinotti como executivo de futebol. Seus adjuntos são Médicis, José Carlos Ferreira Alves e Chapecó.
Dezembro/2017: Pinotti se antecipa à demissão e pede para sair. Leco pede que Chapecó fique.
Dezembro/2017: Raí assume o departamento.

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