segunda-feira, 27 de novembro de 2017
Opinião: Corinthians dá recado em "caso Pablo" e mostra perfil para 2018
Oempate por 2 a 2 com o Atlético-MG serviu, basicamente, apenas para o Corinthians receber a taça de campeão brasileiro e fazer a festa com sua torcida em Itaquera. Com missão cumprida, a cabeça de dirigentes e comissão técnica está em 2018.
O recado passado nas negociações frustradas com Pablo mostra que o Corinthians deve – e vai – continuar com os pés no chão. Importante primeiro passo para planejar um ano de Libertadores sem causar qualquer tipo de insatisfação no elenco.
Orientado por seu empresário, Fernando César, Pablo tinha uma pedida salarial alta, até maior que a de alguns ídolos do clube, e não abria mão do pagamento integral das luvas logo no início do novo contrato. Em outros tempos, um refém Corinthians cederia a essas exigências.
Pablo comemorou o título no jogo contra o Fluminense, mas não participou da entrega da taça do Brasileiro após o empate com o Galo (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)
Agora, até pela situação financeira ainda apertada, não houve como atender aos anseios do titular da zaga. Ainda que a baixa de Pablo seja considerável, o Corinthians cumpre a promessa de não fazer loucuras.
Como, então, montar o time da Libertadores?
A estratégia da diretoria compreende três situações:
Perder poucos titulares, ao contrário de 2015, quando seis foram embora de uma vez. Pablo e Arana estão fora, e no momento não há outras propostas;
Contratar nomes rodados, experientes, não muito caros, para repor as perdas;
Trazer um nome de maior peso, este sim com algum investimento, para se juntar a jogadores como Cássio, Jadson e Jô, líderes do elenco.
Marllon, da Ponte Preta, Renê Júnior, do Bahia, e Júnior Dutra, do Avaí, são aqueles com negociação mais avançada. Os três, a princípio, chegam para a reserva. O banco do Corinthians ficaria mais graúdo, com opções de qualidade, e ao mesmo tempo sem grandes medalhões.
Renê Júnior pode chegar em 2018: perfil é de nomes rodados e baratos (Foto: Marcelo Malaquias/Divulgação/EC Bahia)
Há ainda as possibilidades de retorno de empréstimos: Lucca, da Ponte Preta, Jean, do Vasco, e o goleiro Douglas, do Avaí, estão no radar de Fábio Carille.
O técnico terá como principal trunfo o conjunto. As saídas de Arana e de um dos zagueiros estava prevista. O clube também está preparado para perder um meio-campista – provavelmente Rodriguinho. Mas a espinha dorsal formada por Cássio, Fagner, Balbuena, Gabriel, Jadson e Jô deve continuar intacta.
Coletivo forte, uma ou outra estrela, organização tática... A receita é a que dá certo nos últimos anos de Corinthians, principalmente com Tite. Carille replicou o modelo, deu sua cara a ele e terá um desafio enorme. Depois do 2017 consagrador, com dois títulos, ele precisa de um ano igual – ou melhor – para continuar nas graças da Fiel.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário