terça-feira, 28 de novembro de 2017
Delator diz que marca americana ofereceu propina para patrocinar a Colômbia
Foi um dia inteiro de depoimento de Luis Bedoya no Tribunal Federal do Brooklyn sobre o "Caso Fifa." Nesta segunda-feira, o ex-presidente da Federação Colombiana de Futebol (FCF) contou que a a empresa norte-americana Nike teria oferecido propina a ele em troca da assinatura de contrato para vestir a seleção de seu país. A oferta da gigante de material esportivo teria acontecido em 2010, mas Bedoya não citou o nome do emissário durante o depoimento.
- Em 2007, quando eu entrei (na federação), a Umbro patrocinava a seleção. Em 2010, abrimos uma concorrência. Estive numa reunião em Buenos Aires, com uma pessoa da Nike. Ofereceram um pagamento extra a mim, por fora do contrato. Mas, no final, nada se concretizou. A Federação Colombiana fechou com a Adidas – explicou Bedoya, durante o depoimento na corte do Brooklyn.
Atual uniforme da Colômbia é fornecido pela Adidas (Foto: Reuters)
Perguntado pela promotoria se a Adidas ofereceu ou pagou propina pela assinatura do contrato, o ex-presidente da Federação Colombiana de Futebol (FCF) respondeu que não. A marca alemã é a atual fornecedora da seleção.
Diretora Senior de Comunicação da Nike na América do Norte, Ilana Finley se pronunciou em nota.
- A Nike acredita no jogo ético e justo em negócios e esporte e se opõe fortemente a qualquer tipo de manipulação ou suborno. Nós cooperamos e continuaremos a cooperar com as autoridades - se defendeu.
Bedoya, de 58 anos, também relatou uma reunião do Comitê Executivo da Conmebol, em Buenos Aires, em novembro de 2012. Nessa reunião, os membros decidiram ampliar o contrato com a Torneos y Competencias, da Argentina, para a transmissão da Copa Libertadores.
O único momento em que José Maria Marin e Marco Polo Del Nero foram citados foi quando uma foto da reunião acabou sendo mostrada pela procuradoria. Bedoya apontou e citou o nome de cada um dos presentes, entre eles, Marin e Del Nero.
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