quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Acusado no caso Fifa ,Comete Suicido se Jogando na Frente de um Trem;Diz Policia



Jorge Alejandro Delhon, um funcionário de uma empresa acusado de corrupção por Alejandro Burzaco, executivo envolvido em casos de propinas envolvendo o futebol sul-americano, foi encontrado morto na noite desta terça-feira na Argentina. A polícia local fala em suicídio. Citado na delação do empresário na audiência ocorrida durante o dia no Tribunal Federal do Brooklyn, Jorge Alejandro Delhon teria se atirado à frente de um trem na cidade de Lanús.
Jorge Alejandro Delhon, advogado de 52 anos, se suicidou nesta terça após ter nome citado em delação durante julgamento do caso Fifa em Nova york (Foto: Reprodução/Clarin)
Jorge Alejandro Delhon, advogado de 52 anos, se suicidou nesta terça após ter nome citado em delação durante julgamento do caso Fifa em Nova york (Foto: Reprodução/Clarin)
Advogado de 52 anos, Delhon foi acusado por Burzaco de, juntamente com Julio Grondona (ex-presidente da AFA) e Pablo Paladino (Coordenador de Futebol), receber propinas, assim como outros altos executivos de Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
Delhon trabalhou na Chefia de Gabinete do governo de Cristina Kirchner de 2012 a 2015 e era um dos dirigentes do “Fútbol para Todos”, programa criado pelo governo argentino que garantiu a transmissão das partidas dos clubes argentinos da Primeira Divisão, finais da Libertadores e Sul-Americana e da Série B do país. Ele era amigo de Pablo Paladino, coordenador geral do "Fútbol para Todos". Delhon foi acusado por Alejandro Burzaco por, ao lado de Paladino, cobrar propinas de até 4 milhões de dólares entre 2011 e 2014.
Segundo o “Clarín”, Jorge Delhon também era amigo de Carlos Rivera, dono de uma empresa financeira chamada Alhec, que descontava os cheques dados pela AFA aos clubes. De acordo com o jornal, as operações normalmente eram feitas em troca de altas comissões.
Ainda segundo informações do jornal "Clarín", fontes policiais confirmaram o suicídio, relatando que Jorge Alejandro Delhon se atirou à frente da formação de número 3251 que ia em direção a Ezeiza, onde fica o Aeroporto Internacional de Buenos Aires.
Delhon foi citado em um depoimento que envolveu vários nomes de dirigentes e grupos de mídia. O delator Alejandro Burzaco, ex-executivo da empresa Torneos y Competencias, disse que pagou a altos executivos da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol) - entre eles dois ex-presidentes da CBF (José Maria Marin e Ricardo Teixeira) e o atual presidente da entidade, Marco Polo Del Nero.
Burzaco disse também que fez parcerias com outras empresas de mídia e que quase todas pagaram propina para cartolas - citando a TV Globo, a Media Pro (Espanha), a Fox Sports (EUA) e a Televisa (Mexico) e duas empresas de intermediação - a Traffic (brasileira) e a Full Play (argentina). O Grupo Globo afirma veementemente que não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina
O depoimento foi dado no processo em que Marin - que está em prisão domiciliar nos EUA desde 2015 - está sendo julgado ao lado de Juan Manuel Napout (ex-presidente da Conmebol e da federação paraguaia) e Manuel Burga (ex-presidente da federação peruana).Alejandro Burzaco, ex-CEO da Torneos y Competencias, acusou vários dirigentes e grupos de mídia sul-americanos em depoimento nos EUA (Foto: John Taggart/Reuters)

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