segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Piqué chora ao comentar violência na Catalunha e fala em deixar seleção
Sempre com voz ativa em movimentos políticos e decisões no Barcelona, Gerard Piqué manteve sua postura neste domingo, dia de referendo sobre a independência da Catalunha e que deixou mais de 700 feridos na região. Em entrevista após a vitória do Barça sobre o Las Palmas por 3 a 0, que aconteceu sem torcida no Camp Nou, o zagueiro se emocionou ao comentar a situação no local e comparou o momento com a ditadura de Francisco Franco na Espanha, entre 1930 e 1970.
- A mensagem que envio (para a Espanha) é que, quando se vota, se pode escolher sim ou não... mas se vota. Neste país, houve muitos anos, no franquismo, em que não se podia votar. Sou e me sinto catalão, e hoje mais do que nunca me sinto orgulhoso das pessoas da Catalunha pela forma maravilhosa como têm se comportado - disse Piqué, em meio às lágrimas.
Enquanto havia dúvidas sobre a realização da partida por conta da tensão na região, Piqué, que já havia se manifestado a favor de que os cidadãos fossem às urnas, votou pela manhã. O zagueiro explicou que a decisão por jogar foi tomada pelos jogadores, que contrariam a diretoria, temendo sanções da Liga Espanhola.
- A diretoria tentou suspender a partida, mas não foi possível. Eles foram ao vestiário para debatermos o assunto. Na verdade, foi difícil jogar com tudo o que estava acontecendo. Foi um dia muito duro, em que famílias queriam votar e a Polícia Nacional e a Guarda Civil Espanhola... as imagens falam por si. O mundo inteiro viu as imagens e haverá consequências - afirmou, ainda emocionado.
Piqué ainda deixou em aberto seu futuro na seleção espanhola. Por sua posição a favor da independência da Catalunha, ele teme represálias pela federação do país ou até mesmo do técnico da Espanha, Julián Lopetegui.
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