sexta-feira, 20 de outubro de 2017
Peru e Nova Zelândia planejam voo compartilhado para diminuir custos na repescagem
Cruzar o planeta para jogar uma partida de futebol, e depois cruzar de volta para entrar em campo novamente cinco dias depois não é uma missão fácil. Exige cuidado. Ainda mais quando está em jogo uma vaga na Copa do Mundo. Para evitar os efeitos da longa viagem entre Lima e Wellington e minimizar o alto custo da jornada, Peru e Nova Zelândia planejam com cuidado a logística dos dois jogos e cogitam até compartilhar um voo. Em um dia, serão adversários em campo, no outro, serão colegas de viagem.
Os duelos da repescagem entre as duas seleções estão marcados para o dia 10 de novembro – madrugada do dia 11 no Brasil –, na Nova Zelândia, e 15 de novembro – madrugada do dia 16 no Brasil –, no Peru. Uma viagem comercial normal duraria cerca de 20 horas. Os peruanos já decidiram: irão fretar um voo para os dois trechos. E para a volta a Lima, devem compartilhar o avião com os neozelandeses.
Peru e Nova Zelândia devem compartilhar voo para jogo de volta: adversários em campo, mas colegas de viagem (Foto: Divulgação/Peru)
– O custo dos voos é de 1 milhão de dólares (cerca de R$ 3,15 milhão). Isso é bastante oneroso para ambos os países, mas estamos buscando todas as opções. Fifa poderia subsidiar o voo, e ambas as equipes contribuiriam o que normalmente se pagaria em um voo comercial, e então, se resta capacidade, poderíamos por alguns pacotes juntos e oferecê-los aos torcedores – declarou Andy Martin, diretor executivo da Associação de Futebol da Nova Zelândia, ao jornal “New Zealand Herald”.
Um voo fretado diminuiria a viagem de 20 para cerca de 14 horas. De acordo com o jornal “Newshub”, os peruanos eram contrários à ideia inicialmente. No entanto, após visita de dois dirigentes do país sul-americano ao local do jogo de ida, o cenário mudou. O preparador físico da seleção peruana, Néstor Bonillo, e o gerente de seleções, Antonio García Pye, visitaram a Nova Zelândia nesta semana, e o plano foi adiante.
Peru: jogadores tomarão remédio para dormir
Os peruanos sofrerão mais na preparação para as partidas. Enfrentarão a longa viagem duas vezes, enquanto os neozelandeses voltarão para casa depois de já terem disputado os jogos. Por isso, a seleção sul-americana se planeja para garantir que os jogadores sintam o mínimo de cansaço possível. Em entrevista à “Rádio Nacional” do Peru, o médico da equipe peruana, Júlio Segura, revelou que os atletas tomarão remédios para dormir. Mas nada que seja ilegal.
– Vamos partir à noite e a ideia é que durmam durante a viagem para que cheguem descansados e possam tomar café da manhã ao chegar. A alguns jogadores, daríamos medicamentos permitidos para que possam dormir tranquilos – declarou Segura.
Guerrero e companhia devem receber medicamentos para dormir durante voo para Nova Zelândia (Foto: EFE)
O longo tempo sem movimentos é uma preocupação em viagens de grande duração, e por isso os jogadores peruanos terão meias especiais para que não tenham problemas de circulação. Além disso, a alimentação de Guerrero e companhia será “com as adequadas calorias para uma fácil digestão”, segundo o médico Júlio Segura.
A convocação do Peru para os dois jogos contra a Nova Zelândia será nesta sexta-feira. As duas seleções se enfrentam em jogo de ida em Wellington, às 3h15 (de Brasília) na madrugada do dia 10 para o dia 11 de novembro. O duelo de volta será às 00h15 (de Brasília), na madrugada do dia 15 para o dia 16 de novembro.
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