sexta-feira, 5 de maio de 2017

Chapecoense volta para casa depois de 13 dias na estrada e quatro jogos fora

Há quem julgue o contrário, mas a vida de qualquer profissional do futebol tem suas 
dificuldades. A Chapecoense passou 13 dias em viagem, longe da família, em 
concentração e com sua rotina de entradas e saídas de hotéis. A longa maratona 
envolveu passagens por Criciúma, Porto Alegre, Montevidéu, Florianópolis e por fim,
 Belo Horizonte. Na bagagem, o time trouxe uma boa vantagem na final do Catarinense, 
um resultado reversível na Copa do Brasil e uma situação um pouco mais delicada na
 Libertadores. Além de saudade, claro.
Marquinhos abraça forte o filho na chegada a Chapecó (Foto: Eduardo Florão)
Quando o preparador físico da Chape, Marcos Cézar, o Marquinhos, pintou na porta de 
desembarque, seu pequeno filho correu para os braços do pai. O forte abraço entre os 
dois foi a cena mais marcante desse retorno do Verdão para casa. A incredulidade e o 
sorriso no rosto de ambos é a prova de que a saudade apertou e que cada retorno é 
comemorado como uma vitória.Outro que não hesitou em relatar a saudade sentida, 
foi o meia Osman. O jogador deixou claro o que fará quando chegar em casa.
- Vou ver minha esposa, estou com saudades, dar um abraço nela. Mas foi bom representar 
o nome da Chapecoense. Esse ano vai ser assim, com várias viagens. Não podemos tirar o pé. 
Daqui para frente vai ser assim, a saudade vai bater, mas tem que estar com a cabeça fria e 
saber que estamos representando a Chapecoense - disse o jogador.
Osman está certo. Os profissionais da Chape não vão ter muito tempo para aproveitar 
a família. Além de concentrar já neste sábado para a decisão contra o Avaí, na Arena 
Condá, o time viaja na sequência e faz uma nova maratona de jogos fora de casa, contra 
Atlético Nacional (10/05), Corinthians (13/05) e Lanús (17/05).
Elenco da Chapecoense volta para casa após maratona de jogos (Foto: Cahê Mota)
Nesta rotina de viagens, concentrações, hotel e avião, há tempo de sobra para os jogadores se conhecerem, criarem vínculos, amizades e uma segunda família, pode-se dizer. O zagueiro
 Victor Ramos, último a chegar à equipe, aproveita estes momentos para entrosar com os 
colegas.
- Cheguei há pouco e estou feliz. Estou bem entrosado já, sou fácil de fazer amizade. Dei uma 
rodada boa já, então comigo não tem problema. O grupo está fechado, está bem, está unido.
 Isso que importa. Não é só um grupo, é uma família. Chapecó é família - analisou.
O grupo da Chapecoense treina na tarde de sexta-feira em preparação para a decisão do 
Campeonato Catarinense, contra o Avaí. O jogo acontece no próximo domingo, às 16h, 
na Arena Condá. Mesmo que perca com diferença de um gol, o Verdão garante a conquista
 do bicampeonato inédito.

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