quarta-feira, 5 de abril de 2017

#prasemprechape: novo lema, mais uma página virada e celebração à vida

Um novo lema, mais uma página virada. Ainda faltam outras, como o jogo de volta da
 final da Recopa, no dia 10 de maio, quando o time fará o trajeto interrompido pela
 queda do avião na tragédia que matou 19 jogadores da Chape e teve 71 mortos no total.
 Os retornos de Alan Ruschel, que disputou seu primeiro rachão na segunda-feira, 
e Neto serão outros capítulos.Mas na noite desta terça-feira, na Arena Condá, 
definitivamente foi instituída a troca de lemas. Sai o #forçachape, entra o 
#prasemprechape, criado especialmente para o primeiro jogo da final da Recopa 
e que será usado a partir de agora. A hastag atingiu a liderança do Twitter Brasil 
e top 5 mundial durante a partida. Mais adequado impossível.
O clima de extremo luto e comoção de 30 de novembro de 2016, quando o estádio foi 
palco de homenagens aos mortos no dia que seria disputada a final da Copa 
Sul-Americana, é substituído gradativamente pela certeza de que é preciso seguir em
 frente.Ainda existem lágrimas, evidente, mas os sorrisos voltaram, se multiplicam e
 ajudam a enxugar o pranto. Foi perceptível isso no jogo diante do Nacional, que teve 
crianças, mulheres, gente de todas as idades, a família Chape.Neste 4 de abril de 2017, 
pouco mais de quatro meses depois da tragédia, a entrada em campo e o discurso 
embargado dos sobreviventes brasileiros – Neto, Alan Ruschel, Jackson Follman e
 o jornalista Rafael Henzel – foram o momento de maior emoção na histórica noite.
As palavras de Neto ao microfone no meio de campo merecem ser ouvidas, lidas, relidas, 
usadas como um mantra:Durante toda a terça-feira, Chapecó viveu um dia para a história,
 com torcedores da Chape e do Nacional lado a lado desde as primeiras horas do dia até o 
No que diz respeito ao jogo, Reinaldo, de pênalti, abriu o placar aos 23 minutos. Festa na 
Arena Condá. Aos 13 minutos do segundo tempo, Macnelly Torres empatou. E aí entrou
 em campo aquele componente que torna o futebol mais bonito: aplausos dos torcedores
 da Chape.
Aos 28 minutos, Luiz Otávio, de cabeça, selou a vitória. Mais festa. No segundo jogo da final, 
empate garante o título para a Chape. Nesta competição não existe o critério de gol “fora de casa”.Depois do fim da partida, o encerramento com jogadores da Chape vendo a queima
 de fogos e o estádio em devoção. O locutor bem resumiu a mudança de clima do dia 30
 de novembro para esse 4 de abril: “Hoje foi um dia de celebrar a vida. Pra sempre Chape!”
E, logo em seguida, sucessos das pistas de dança no alto-falante. O luto deu lugar à festa.

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