Grupo se disse contra a medida liminar que concedeu liberdade ao goleiro; torcedores responderam com gritos de apoio a Bruno
Bruno assistiu ao jogo ao lado de Ingrid (Foto: Régis Melo)
No segundo jogo em casa desde a contratação de Bruno Fernandes pelo Boa Esporte, mulheres foram à porta do Estádio Municipal de Varginha protestar contra o goleiro na noite desta quarta-feira (22). Com faixas e cartazes, um grupo com 23 pessoas se manifestou contrário à medida liminar que concedeu liberdade ao jogador e à contratação do atleta pelo clube. Bruno, que estava no estádio e assistiu ao jogo ao lado da esposa, a dentista Ingrid Calheiros Oliveira, entrou junto com o time e não teve contato com o grupo que protestava.
Os manifestantes começaram a se reunir às 18h30, em frente ao portão principal do estádio. Por volta das 19h15, quando os torcedores começaram a chegar para o jogo contra o Mamoré, pelo Módulo 2 do Campeonato Mineiro, um bate-boca teve início e a Polícia Militar chegou a se aproximar para conter os ânimos.
- Infelizmente o Brasil hoje, tem como marca no futebol, um esporte que deveria ser ligado à saúde, a morte - afirmou Maria do Carmo Santos, presidente do grupo Vítimas Unidas - Ele não cometeu um pequeno erro, ele cometeu um crime muito planejado.
Protesto contra o goleiro Bruno Fernandes marcou jogo do Boa Esporte (Foto: Régis Melo)
Um grupo de torcedores mais exaltados chegou a responder ao movimento, com gritos de "vai fazer janta" e "vai lavar louça". Depois outro grupo gritou o nome do goleiro Bruno várias vezes, em apoio ao jogador.
- Nós não temos nada contra movimento nenhum. A democracia de nosso país dá direito aos movimentos - disse Rildo Moraes, diretor do Boa Esporte.
Torcida do Boa Esporte (Foto: Régis Melo)
Sem patrocínio
A contratação do goleiro Bruno trouxe uma série de polêmicas ao Boa Esporte. No entanto, o reflexo mais direto no clube foram as saídas dos patrocinadores e de empresas parceiras, incluindo do grupo responsável pelo patrocínio master, Gois & Silva, e até a fornecedora de materiais esportivos Kanxa. E uma semana após o acerto do contrato, a equipe segue sem acertar com novas marcas e continua usando os antigos uniformes.
A contratação do goleiro Bruno trouxe uma série de polêmicas ao Boa Esporte. No entanto, o reflexo mais direto no clube foram as saídas dos patrocinadores e de empresas parceiras, incluindo do grupo responsável pelo patrocínio master, Gois & Silva, e até a fornecedora de materiais esportivos Kanxa. E uma semana após o acerto do contrato, a equipe segue sem acertar com novas marcas e continua usando os antigos uniformes.
Segundo a assessoria do clube, a diretoria já negocia com novos patrocinadores, mas só deve revelar nomes após os acordos serem fechados.
Boa Esporte segue usando antigos uniformes (Foto: Régis Melo)
Entenda o caso Bruno
O goleiro Bruno deixou a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Santa Luzia, Minas Gerais, no fim de fevereiro. A liberação foi determinada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão liminar. Bruno aguarda julgamento de recurso após a condenação.
O goleiro Bruno deixou a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Santa Luzia, Minas Gerais, no fim de fevereiro. A liberação foi determinada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão liminar. Bruno aguarda julgamento de recurso após a condenação.
O jogador foi preso em 2010 e depois condenado pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio e por sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Segundo a decisão do ministro, o goleiro poderá ficar em liberdade enquanto o recurso contra a condenação não é julgado em segunda instância.
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