O show será delas! A CBF faz hoje, em sua sede, no Rio de Janeiro, o lançamento do Campeonato Brasileiro Feminino 2017 e com novidades que prometem alavancar de uma vez por todas a categoria no País. Segundo informações prévias, o Brasileirão das mulheres do ano que vêm terá Série A e B e contará com 16 equipes, além de ser disputado em turno e returno.
Ao todo serão sete meses de competição em que o representante do Amazonas, o Iranduba, terá calendário cheio para 2017, como explica o diretor de futebol do Hulk, Lauro Tentardini. “O Brasileirão do ano que vem terá turno e returno, com 16 equipes em cada série e hoje é que vamos saber exatamente a fórmula. Justamente por isso nós estamos nos fazendo presentes”, disse o dirigente que está no Rio de Janeiro para acompanhar de perto o lançamento oficial do campeonato.
“Porque até o momento, o que nós sabemos é que serão os seis primeiros colocados no ranking na Primeira Divisão. Além do campeão da Copa do Brasil, o campeão brasileiro e oito times de ‘camisa’, que é um critério que nós não concordamos. Mas mesmo assim o Iranduba vai pular pra sexto no ranking com os pontos desse ano, pulando de oitavo pra sexto, então, com certeza estamos na série A”, disse Tentardini, referindo-se aos principais clubes do futebol brasileiro.
Fim da Copa do Brasil
De acordo com Tentardini, o Brasileirão Feminino 2017 deve começar em fevereiro e se estender até outubro e com a mudança, a Copa do Brasil seria disputada apenas entre atletas da base. “São 30 semanas de Campeonato Brasileiro, que deve começar em meados de fevereiro e ir até outubro. A competição será de pontos corridos, igual a Série A (masculino) e deverá ser a única competição nacional da categoria adulta, porque a Copa do Brasil deve passar a ser Sub-20, a partir do ano que vem”, pontuou o dirigente do Iranduba, comemorando as novas diretrizes da CBF em relação ao futebol feminino.
“Acho sensacional a CBF fazer um campeonato de sete meses. O Marco Polo (Del Nero, presidente da CBF) é o presidente que mais tem investido no futebol feminino e o Iranduba vai se preparar bem pra esse campeonato. Nós já renovamos com 16 jogadoras, vamos renovar com pelo menos mais duas que nós queremos renovar da nossa equipe e já estamos atrás de reforços pra complementar a nossa equipe exatamente no que achamos que faltou esse ano principalmente na Copa do Brasil”, afirmou.
Hulk mais forte
Com boa campanha no Brasileirão de 2016, onde se tornou o clube brasileiro que mais levou público aos estádios entre todos os que disputaram o campeonato nacional, o Iranduba deixou a desejar na Copa do Brasil, quando foi eliminado pelo Cresspom-DF ainda na segunda fase do torneio. A intenção para 2017 é fazer do Hulk ainda mais forte e “esmagar” as adversárias em casa.
“Ano que vem nós poderemos contar com a Micaelly (Brazil). E a Micaelly vai ser uma das melhores jogadoras do mundo. Agora estou tentando trazer a Danny (Helena, ex-Cresspom-DF) tentei no início desse ano e vou tentar novamente, ela vai disputar a Libertadores pelo Foz (Cataratas). Também vou em busca de duas laterais, direita e esquerda, acho que muito brevemente a Mona e a Giselle vão estar em seleções, isso é outra preocupação que tenho. Acredito que a partir do ano que vem elas estejam na Seleção Sub-20, então nó precisamos de elenco e estamos correndo atrás”, revelou Tentardini.
Valeu ressaltar que a partir de 2019 os clubes que disputarem a Libertadores terão obrigatoriamente de ter uma equipe feminina em atividade. Mesmo com as novas regras que prometem fomentar o futebol feminino, Lauro Tentardini acha que para o Brasileirão de 2017 o interesse dos chamados “grandes” ainda será acanhada.
“Não acredito que no ano que vem nós tenhamos um grande aumento de clubes interessados. Mas depender da reunião de hoje, sei que os clubes de camisa receberam os principais convites pra essa reunião e é por isso que nós (Iraduba), Foz Cataratas, os mais tradicionais (no futebol feminino) estamos marcando presença aqui na CBF”, concluiu.
Motivos pra comemorar
Uma das únicas amazonenses no elenco do Iranduba, a meia Sâmia Pryscila comentou sobre as mudanças no Campeonato Brasileiro Feminino de Futebol para a próxima temporada. A Águia, como é conhecida, vê com bons olhos as alterações e prevê emoções em 2017.
“São benéficas sim! Não só para o Iranduba, mas para a modalidade, irá dar mais calendário para o futebol feminino. Acredito que este novo Brasileirão será uma competição mais competitiva. Que seja emocionante e bem disputado o título entre os times, assim como está sendo o masculino em 2016”, declarou a camisa 9 do Hulk.
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