Meia lidera reação incrível do Guarani na semifinal da Série C, se iguala a Zenon em número de gols pelo clube (81) e escreve ainda mais seu nome como ídolo no Brinco
Fumagalli, é lógico, acreditava na virada. Mas, também é lógico, não acreditava que faria, na noite de 23 de outubro de 2016, a melhor partida de sua vida. Aos 39 anos, o ídolo máximo do atual elenco do Guarani foi protagonista da maioria dos lances da épica virada sobre o ABC. Participou de quatro gols nos 6 a 0, cavou a expulsão do artilheiro do time adversário e comemorou, nos braços da torcida, a passagem à final da Série C do Campeonato Brasileiro.
– Foi a melhor partida da minha vida, sem dúvida nenhuma – disse um Fumagalli descrente do que acabara de viver ou do tamanho da alegria que proporcionou aos pouco mais de três mil bugrinos que acreditaram junto com ele.
Fumagalli liderou o Guarani em uma virada histórica para chegar à decisão da Série C (Foto: Estadão Conteúdo)
Com a camisa 250 às costas (número de jogos completos pelo Bugre na goleada por 4 a 0 em Natal), Fumagalli entrou acelerado logo de cara. Cruzou, como no jogo do acesso contra o ASA, na cabeça de Leandro Amaro no lance do primeiro gol. Fez o segundo em uma cobrança de falta magistral no ângulo esquerdo. Poderia ter feito o terceiro em seguida, mas o chute explodiu no travessão. A confiança estava alta.
Tão alta que Fumagalli fez até o que não estava acostumado: catimbou. Com cabeça no lugar, tirou Jones Carioca do sério em uma disputa na lateral, viu o artilheiro do ABC ser expulso e saiu no lucro só com um cartão amarelo. No segundo tempo, o meia ainda marcou mais dois gols, o terceiro e o quarto da goleada por 6 a 0. Foi o seu terceiro hat-trick com a camisa bugrina, depois dos 4 a 1 no Batatais (Série A2 de 2015) e 5 a 3 no Caxias (Série C de 2015).
VEJA TAMBÉM:
> Festa, desabafo e "sangue verde": bugrinos celebram vaga épica
> Chamusca aponta tática para virada: "Não se contaminar pelo impossível"
– É coisa de Deus. Dificuldade era grande, poucos acreditavam. Nunca tinha vivido isso na minha carreira, na minha vida. Épico, inesquecível para coroar minha história aqui dentro. Estou transbordando de felicidade. A gente confiou, acreditou nessa semana inteira – disse o camisa 10 (ou 250).
> Festa, desabafo e "sangue verde": bugrinos celebram vaga épica
> Chamusca aponta tática para virada: "Não se contaminar pelo impossível"
– É coisa de Deus. Dificuldade era grande, poucos acreditavam. Nunca tinha vivido isso na minha carreira, na minha vida. Épico, inesquecível para coroar minha história aqui dentro. Estou transbordando de felicidade. A gente confiou, acreditou nessa semana inteira – disse o camisa 10 (ou 250).
A importância de Fumagalli vai além dos feitos em campo. Como capitão, coube a ele arranjar um jeito de motivar um time abalado pela derrota de 4 a 0 em Natal. Fez o trabalho de colocar na cabeça de cada companheiro que era possível. Que dava para virar. E deu.
Nosso time era mais time que o deles. Nós não jogamos nada, eles jogaram tudo (em Natal). Eu falei que tinha que virar 2 a 0, que eles não iam aguentar. Coloquei isso na cabeça deles, trabalho de formiguinha mesmo. Foi aí que a gente se fortaleceu – explicou o ídolo.
Tamanho esforço foi recompensado. Exaltado como de costume pela torcida, o meia levou a bola do jogo (onde escreveu o placar e o dia) para casa. Na saída do Brinco de Ouro, ainda arranjou energia para retribuir o carinho de quem sempre acreditou no que ele poderia fazer. Tirou fotos com torcedores, deu autógrafos e saiu literalmente nos braços da galera. Nunca um fim de noite foi tão merecido.
Tamanho esforço foi recompensado. Exaltado como de costume pela torcida, o meia levou a bola do jogo (onde escreveu o placar e o dia) para casa. Na saída do Brinco de Ouro, ainda arranjou energia para retribuir o carinho de quem sempre acreditou no que ele poderia fazer. Tirou fotos com torcedores, deu autógrafos e saiu literalmente nos braços da galera. Nunca um fim de noite foi tão merecido.
Com a bola do jogo, Fumagalli era o centro das atenções após a goleada épica sobre o ABC (Foto: Murilo Borges)
Nenhum comentário:
Postar um comentário